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Casal suspeito de agressão e morte de bebê tem prisão preventiva prorrogada por mais 30 dias

Justiça

Prisão foi prorrogada a pedido da DDM para aguardar a chegada do laudo definitivo

Vítima deu entrada no PS sem vida no último dia 14 de fevereiro; médica apontou suspeitas de violências física e sexual

Vítima deu entrada no PS sem vida no último dia 14 de fevereiro; médica apontou suspeitas de violências física e sexual. Foto: Arquivo/JI

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A Justiça de Penápolis prorrogou por mais 30 dias prisão de casal suspeito de matar bebê Mirela, de 1 ano e 3 meses, no último dia 14 de fevereiro. O caso ganhou ampla repercussão. A mãe, de 21 anos, e o padrasto de 26, se apresentaram à polícia após ter a prisão decretada, e continuam detidos enquanto seguem as investigações.

O mandado de prisão temporária, expedido pela Justiça no dia 18 de fevereiro, terminou nesta quinta-feira (17). Laudo emitido pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que, dentre as causas da morte da menina estão hemorragia interna, trauma abdominal e dilaceração no fígado.

A delegada titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) local, Thaísa da Silva Borges, que está à frente das investigações, disse, em entrevista coletiva no dia 21 de fevereiro, que as lesões teriam sido provocadas por um “instrumento contundente”, dando-se a entender que houve agressão na vítima.

De acordo com a delegada, a prisão foi prorrogada para aguardar a chegada do laudo definitivo da Polícia Científica de São Paulo (SP). Não há previsão de quando esse documento deve ficar pronto. O resultado do exame vai apontar se a criança foi ou não vítima de violência sexual.

O caso é investigado como homicídio qualificado, feminicídio e violência doméstica, podendo ainda ser acrescentado o crime de estupro de vulnerável, dependendo do resultado do laudo.


SUSPEITAS

A vítima deu entrada no pronto-socorro de Penápolis sem vida no último dia 14 de fevereiro. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou ao local com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.

Ainda conforme o registro, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido. Ambos alegaram que colocaram a criança para dormir no dia 13 de fevereiro e perceberam que a menina estava morta somente na manhã do dia seguinte.

A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao pronto-socorro, acionou a Polícia Militar após notar os sinais e suspeitar da versão apresentada pela mãe. A médica relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada à unidade urgência e emergência.

O policial que atendeu a ocorrência conversou com o Conselho Tutelar e descobriu que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A DDM segue investigando o caso.



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