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Catanduva tem quase 20 mortes de pacientes à espera de leitos Covid em menos de uma semana

Brasil

Prefeitura vai adotar uma série de medidas mais restritivas que valem desde esta sexta-feira (11) até segunda-feira (14)

Ministério Público (MP) ajuizou ação de improbidade administrativa para responsabilizar o prefeito de Catanduva (SP), Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), por não instituir "lockdown" para frear o aumento no número de casos positivos de Covid-

Ministério Público (MP) ajuizou ação de improbidade administrativa para responsabilizar o prefeito de Catanduva (SP), Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), por não instituir "lockdown" para frear o aumento no número de casos positivos de Covid-. Foto: Reprodução/internet

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Em menos de uma semana, Catanduva (SP) registrou quase 20 mortes de pacientes diagnosticados com Covid-19 à espera de leitos em hospitais.

De acordo com a prefeitura, foram 18 pessoas que morreram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) à espera de leitos para tratamento da doença, sendo oito mulheres e 10 homens, desde o último sábado (5).

“É uma situação bem grave para nós da UPA, desde segunda-feira operamos acima da nossa capacidade. Nossa UTI opera de três com seis leitos. Neste momento disponibilizamos todos os equipamentos que o paciente necessita para este primeiro atendimento, mas os pacientes precisam ser encaminhados para leitos de UTI urgentemente”, explica o gestor da UPA Giovani de Carvalho Silva.

Para tentar controlar os casos da doença, a Prefeitura de Catanduva vai adotar uma série de medidas mais restritivas que valem desde esta sexta-feira (11) até segunda-feira (14).

De acordo com o Executivo, está suspenso o atendimento presencial ao público em estabelecimentos comerciais, shoppings centers, galerias, academias, centros de ginástica, salões de beleza, barbearias e prestadores de serviços, especialmente as casas noturnas.

Também fica proibido o consumo em bares, restaurantes, padarias, supermercados e congêneres. Já os serviços de delivery e drive-thru estão liberados. No entanto, o take away não pode ser realizado.

Ainda segundo a prefeitura, estão suspensas as atividades religiosas, festas, eventos e atividades culturais, assim como a venda de bebidas alcoólicas das 21h às 6h.

Os hipermercados, supermercados, açougues, padarias e lojas de suplementos e conveniência poderão funcionar das 6h às 21h, com ocupação máxima de 25%.

As padarias, mercearias, lojas de suplemento, lojas de conveniência e similares poderão atender até 10 clientes ao mesmo tempo. No caso dos minimercados, armazéns e similares, até 25 pessoas podem ser atendidas ao mesmo tempo.

Nos supermercados, o atendimento será de até 55 clientes, enquanto hipermercados devem atender 100 pessoas.

A Vigilância Sanitária e a Guarda Civil Municipal (GCM) sairão às ruas para realizar a fiscalização das medidas. Moradores podem realizar denúncias pelo telefone 153. O atendimento é feito durante 24 horas.


AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Apesar das medidas mais restritivas adotadas para este fim de semana, o Ministério Público (MP) ajuizou ação de improbidade administrativa para responsabilizar o prefeito de Catanduva (SP), Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), por não instituir "lockdown" para frear o aumento no número de casos positivos de Covid-19.

O promotor de Justiça André Luiz Nogueira, responsável por propor a ação, frisa que a Secretaria de Saúde de Catanduva, assim como o Comitê de Enfrentamento à Covid-19, recomendou o fechamento por 15 dias de vários estabelecimentos, inclusive os considerados essenciais.

O Executivo, no entanto, editou o decreto com restrições ao atendimento presencial nos comércios não essenciais e templos religiosos, com proibição de eventos e atividades culturais de sexta a segunda-feira.

Além do afastamento de Osvaldo de Oliveira Rosa (PSDB), o Ministério Público propõe o pagamento de uma multa por dano moral no valor de R$ 1 milhão. O prazo para a Prefeitura de Catanduva responder os questionamentos feitos pelo promotor André Luiz Nogueira é de 15 dias.

A Prefeitura de Catanduva informou que vai se manifestar apenas quando for notificada sobre a ação. (*) Por G1 Rio Preto e Araçatuba



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