JOVEM PAN PENÁPOLIS

Célio garante que entrega uma cidade melhor ao final do mandato, em 2020

Cidade

Dificuldades foram maiores por conta de precatórios, recursos que poderiam ser aplicados em mais serviços

Prefeito, em entrevista, garante que entregará uma cidade bem melhor ao sucessor, em 2021

Prefeito, em entrevista, garante que entregará uma cidade bem melhor ao sucessor, em 2021. Foto: Divulgação

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Faltando pouco mais de um ano para terminar seu mandato, em 31 de dezembro de 2020, o prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira (sem partido), falou ao INTERIOR sobre como entregará o município ao seu sucessor, em janeiro de 2021.

Segundo ele, não existe crítica nenhuma ao administrador anterior, mas cada um faz o seu trabalho diante das suas possibilidades e sendo assim, com certeza vai entregar uma cidade melhor que seu antecessor.

“Nós conseguimos avançar, e eu vou entregar uma cidade melhor do que a que eu peguei, e torço para quem for meu sucessor, entregue uma cidade (para quem vir depois dele) melhor do que quando pegou de mim. Esse é o sentido do homem público”, afirmou o prefeito.

Até hoje, são quase 7 anos à frente ao Executivo penapolense e, quando perguntado sobre seu último ano de governo, em 2020, e como entregaria o município em janeiro de 2021, ele disse que o homem público tem que procurar trabalhar para melhorar as condições de vida da sua população.

Na sua avaliação, os números indicam que entregará o município melhor do que pegou. “E porque que eu digo isso? Não é por vaidade, não é nada disso não. Um exemplo é a questão orçamentária, que em 2013 foi orçado pelo (prefeito) que saiu em 2012, e que ficou em R$ 97,5 milhões. Nós praticamente dobramos esse orçamento”, disse o prefeito.

Ele apresentou, em números, que município terá em 2020 um orçamento superior a R$ 190 milhões, incluindo Prefeitura, Daep (Departamento de Autônomo Água e Esgoto de Penápolis) e Emurpe (Empresa Municipal de Urbanização de Penápolis).


CONCLUSÃO DE PROJETOS

Sobre conseguir entregar à população penapolense, em obras e serviços, tudo que planejou durante o mandato, Célio explicou que vai entregar praticamente tudo.

“Se você considerar que o AME (Ambulatório Médico de Especialidades) foi instalado na cidade, e depois retirado, então eu não vejo (o AME) como algo que estou devendo. Pelo contrário, nós conquistamos, ele começou a ser instalado, e depois foi retirado. Segundo o próprio governo estadual, temporariamente”, lamentou.

Ele espera aguardar, em janeiro de 2020, que a unidade volte a ser implantada na cidade, conforme compromisso do governo, e independente do AME Cirúrgico ser instalado em Araçatuba, ou não.

“Então, eu tenho muita esperança que a gente retome isso, conforme foi o compromisso do governo, e vamos cobrar, com certeza!”, garantiu.

O prefeito lembrou também o novo Parque Industrial, que segundo ele vai ficar para trás. Era um projeto importante, mas que em função da mudança na lei de doação de terrenos, a administração segurou sua implantação.

Como o processo de doação de terrenos sofreu um impacto muito grande, isso na época da instalação da Bonolat (que teve de comprar o terreno para continuar sua instalação), com o Poder Público não podendo mais doar terrenos para empresas, a estratégia está sendo revista pela Administração.

“Temos a intenção de investir na construção de 30 novos barracões que seriam instalados na área do recinto de exposições Jandira Trench, numa espécie de incubadora, sem ser incubadora. Na verdade seria uma proposta um pouco mais ousada, com tamanhos diferentes de galpões”, destacou.

A proposta é fazer em sistema modular, lançando a primeira etapa em 2020, e deixando pronto para o próximo prefeito o projeto de continuidade para outros dois módulos, com 10 barracões cada um.


PROJETOS VIABILIZADOS

Indagado se existe (ou existia) algo que não foi proposto em seu plano de governo, mas que se viabilizou durante o mandato, o prefeito disse que tudo aquilo que foi planejado está sendo conseguindo executar.

“Acredito que fomos até mais além. Nós não tínhamos projetado que a cidade ganharia uma faculdade de Medicina, e isso aconteceu”, disse Célio.

Segundo ele, tudo isso foi fruto do trabalho de recuperação feito pela administração na Funepe, a partir de 2014, que foi garantido um número maior de cursos, incluindo a Medicina.

“Sobre a isso, ela vai ser fundamental para outra questão importante para a população, que é o hospital-escola na Santa Casa. Estamos trabalhando em cima dessa questão”, garantiu.

Lembrou que isso não foi projetado, mas está acontecendo em função das melhorias que foram feitas para trazer o curso para a cidade.

Também destacou o setor habitacional, área que tinha assumido um número considerável de habitações populares, mas vai fechar os 8 anos de mandato acima das expectativas.

“Será o maior projeto habitacional da cidade. Foram pouco mais 900 unidades no primeiro mandato, no Gualter Monteiro, Osvaldo Vizoni, Gimenes e Benone, e mais 1.150 no segundo. Também existem casas do Minha Casa, Minha Vida, faixas 1 e 2, CDHU, e para servidores públicos”, informou.

Segundo ele, são mais de 10 mil pessoas beneficiadas, envolvendo 2.200 famílias, superando os mandatos de João D’Elia e Sinoel Batista, na década de 1980, quando entregaram 1.950 casas populares, em 10 anos de mandatos. “Em oito anos, são mais de 2.100 unidades”, reiterou.

Outra observação feita pelo prefeito, foi a mudança do Plano Diretor da cidade, nos últimos 7 anos ganhou 27 novos empreendimentos imobiliários, entre construções de casas e loteamentos.

“Isso se deu em grande parte pela ação corajosa, em 2013 e 2014, quando o plano diretor foi mudado. Foi importante, pois esse tipo de situação, na realidade, tem um impacto na geração de emprego”, explicou.


DESEMPENHO

O prefeito também comentou o desempenho da Administração nas áreas de saúde, habitação, segurança e emprego, e destacou que todas recebem atenção de maneira uniforme.

“Na saúde, com todas as dificuldades, a gente vai deixar o governo com o maior investimento e comprometimento de orçamento da história. Quase 40% do orçamento do município é destinado à Saúde”, explicou.

O prefeito relatou algumas mudanças de modelo, como a cogestão no pronto-socorro e a retirada da intervenção na Santa Casa, no primeiro mandato, e depois no segundo mandato.

“Temos agora o contrato da Irmandade da Santa Casa com a Organização social, preparando para a implantação do hospital-escola, que é o grande projeto, objetivo e nosso sonho”, destacou.

A reiterar as dificuldades da saúde, e que seu financiamento é muito difícil, Célio lembrou que as pessoas estão vivendo mais, e precisam de mais atendimento.

“Mas mesmo assim, são 50% a mais de atendimento no PS, e também melhorando, a cada dia, a estrutura física da Santa Casa. O hospital tem dificuldades, dívidas tributárias, e algumas trabalhistas, mas está de portas abertas”, falou.

Outro projeto em andamento é a informatização do todo o sistema de saúde, quer deve ser entregue em breve, além da contratação, atualmente, de médicos para suprir as demandas nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

Outra novidade está ligada ao Serviço de Vigilância Sanitária, que tem estrutura bem melhor, com a implantação do Centro de Castração, que começa a partir do dia 29 de outubro, e o setor de ambulâncias, com a aquisição de veículos.

“Fomos a administração que, disparadamente, mais comprou veículos para a saúde. Todas essas conquistas, eu acho que foram importantes”.


SEGURANÇA

Na segurança, o prefeito informou que foi lançado o projeto Cidade Segura, que vai monitorar pontos estratégicos da cidade.

“A cidade já tem um dos melhores indicadores na área de segurança pública do Estado, com atuação da Polícia Militar. Também aprovamos a atividade delegada, com o convênio firmado e vai começar a funcionar.”

Observou que municipalização do trânsito trouxe grandes e importantes modificações na região central da cidade, e em outros pontos de grande fluxo de veículos, que resultaram na redução do número de acidentes, em mais de 25%.

“Acredito eu estamos avançando nessa área, está melhorando e os indicadores mostram isso”, afirmou.


EMPREGOS

Segundo Célio, emprego é, disparadamente, é o maior desafio de qualquer gestão, pois qualquer evolução nesse setor está relacionado aos desempenho da economia do país.

“Nós dependemos do desempenho da economia macro. Não está relacionada só com o município, mas sim a nível de Brasil. Se a economia anda bem, se o PIB (Produto Interno Bruto) está bem, isso reflete no município”, disse o prefeito, reiterando que a administração tem procurado fazer a sua parte. Fez questão de afirmar que, em 2019, Penápolis tem números positivos na geração de empregos.

“Não é o mundo ideal, lógico que não. Nós tivemos algumas situações nesse período, quando a prefeitura teve que fazer PDV (Programa de Demissão Voluntária), e 140 servidores pediram demissão”, disse.

Durante o mandato conseguiu diminui a folha de pagamento, situação que vinha do mandato anterior e estava superior a 54%.

“Nós mantivemos essa média por algum tempo, mas melhoramos. Nos enquadramos, e hoje o Poder Público municipal está abaixo dos 50% de gastos com pessoal, demonstrando eficiência na hora de gerir os recursos públicos”, informou.

Ele acredita que agora, com a Bonolat e a Usina Aliança, entrando em funcionamento no mês de janeiro, o governo municipal deve fechar 2020 com superavit na questão do emprego.

“Mas não é só isso, a presença de uma usina solar aqui em Penápolis, também pode atrair investimentos. Temos o setor imobiliário, que tem projetos para serem lançados no ano que vem em Penápolis. Com essas boas perspectivas, acredito que teremos um ano melhor em 2020 na área do emprego.”


MAIORES DIFICULDADES

Célio argumentou que as maiores dificuldades, em termos de governabilidade, foram em relação aos precatórios. Folha de pagamento, ações judiciais (administrativas e pessoais) nem chegaram perto do que foi “administrar” a falta de recursos para investimentos, para atender a demanda dos precatórios.

Disse que as ações administrativas que ele responde faz parte, infelizmente por conta de uma interpretação, que muitas vezes existe de forma equivocada por parte do Ministério Público e Tribunal de Contas.

“Isso a gente enfrenta e vai enfrentar sempre. Todo prefeito que quiser fazer alguma coisa, tem que ter na cabeça que ele vai enfrentar esse tipo de situação. Mas isso eu não coloco com a maior dificuldade. Muito longe disso”, garantiu.

Na realidade, segundo o prefeito, o maior problema e desafio da prefeitura, foi ter pago uma fortuna, coisa milionária, de deprecatório nesse período, totalizando mais de R$ 26 milhões, em sete anos.

“É muita coisa. Isso dá em média quase R$ 4 milhões por ano. Um negócio que antes era de 600 mil por ano (antes das novas regras de pagamento de precatório) chegou a esse patamar”, lamentou.

Avaliou que os pagamentos, principalmente inflados pelos precatórios trabalhistas, é a maior dificuldade da prefeitura.

“Não fomos nós que criamos, mas todos sabem que está relacionado com a questão do abono, e que acabou explodindo no meu colo. Se não fosse isso, a prefeitura estaria com muito dinheiro em caixa, ou teria feito muito investimento”, falou.


ANIVERSÁRIO

Célio, na oportunidade, cumprimentou toda população pelos 111 anos de fundação da cidade, e agradeceu os prefeitos que passaram pela história da Penápolis, e entregar aos seus sucessores uma cidade cada vez melhor;

“Eu tenho a absoluta convicção disso, e tenho procurado fazer a minha parte, fazendo o meu melhor. Eu acho que, diante de toda dificuldade, nós vivemos uma cidade, hoje, com muitas obras em andamento, frutos dos convênios, das boas relações que tivemos com governos e deputados. Eu acho que isso é importante”, refletiu.

Sobre as obras em andamento, citou a irmãos Torrezan, Guilherme Lang e prolongamento da avenida Maria Rita Aguirre Monteiro, que recebe infraestrutura. Também citou investimentos de R$ 1, 5 mi para melhoria em iluminação da cidade, e as obras do Parque Santa Leonor que serão inauguradas nesta sexta-feira (25).



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