Censo 2022 do IBGE inicia após dois anos de atraso

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Censo é a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população

Ivan Ambrósio 02/08/2022

Teve início ontem (1º), em todo o território nacional, a coleta de informações para a 13ª edição do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento seria feito em 2020, mas precisou ser adiado em virtude da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, e em 2021 por falta de recursos.

Em 2022, cerca de 213 milhões de habitantes, em mais de 70 milhões de domicílios, serão visitados pelos recenseadores nos 5.570 municípios do país. Em Penápolis e nas cidades da microrregião, serão 108 profissionais que farão o serviço.

Realizado a cada dez anos, o Censo é a principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios do país. Ele terá dois tipos de questionários: ampliado e simplificado. O primeiro, conhecido também como amostra, terá 77 perguntas e será aplicado a 11% dos entrevistados.

Ele levará, em média, 16 minutos para ser respondido. Já o simplificado ou básico, com 26 perguntas, será aplicado aos 89% restantes, cuja previsão de duração da entrevista é de cinco minutos.

O levantamento será colhido totalmente de forma digital. Os recenseadores utilizarão um DMC (Dispositivo Móvel de Coleta), que é um computador de mão, semelhante a um celular. Para garantir o sigilo das informações, os dados inseridos estão criptografados e têm sistema de proteção.

Nem mesmo os profissionais terão acesso às informações depois de inseridas no dispositivo. O IBGE também segue uma política de sigilo e confiabilidade, além ter comitês de ética internos. A pesquisa revelará, entre outras informações, as características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

De acordo com o órgão, os resultados do levantamento revelam as tendências e os parâmetros sobre nascimentos, mortes e migração, indispensáveis para a elaboração de projeções, estimativas populacionais e políticas públicas específicas.

O Censo é também a única fonte de referência nacional para o conhecimento das condições de vida da população em todos os municípios, com detalhamento por divisões administrativas de cada prefeitura e, ainda, por áreas urbanas e rurais.