Censo do IBGE já entrevistou 88,3% da população penapolense
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Levantamento não será finalizado este ano; conclusão deve ser em janeiro
Ivan Ambrósio 10/12/2022Afetada por atrasos, a coleta das informações do Censo Demográfico não será finalizada este ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A conclusão deve ficar para janeiro de 2023, segundo a nova previsão do instituto.
Apesar disso, Penápolis está numa fase bem avançada da coleta de informações. De agosto, quando se iniciou os trabalhos, até o momento, os recenseadores concluíram 88,3% dos setores do município. Um total de 22.273 domicílios já foram pesquisados. O instituto tem a estimativa de recensear 23.036 imóveis.
Recentemente, a Prefeitura emitiu nota solicitando o apoio da população em receber as equipes. Durante a entrevista, eles poderão conferir a identidade dos recenseadores por meio dos uniformes e do crachá de identificação.
ATRASO
As entrevistas do levantamento começaram em 1º de agosto. O IBGE planejava o término da operação para outubro, porém, teve de ampliar o prazo até dezembro e, agora, prorrogou a estimativa para janeiro, ou seja, a coleta pode se estender por seis meses, o dobro do intervalo desenhado inicialmente. O ritmo mais lento ocorre em meio a dificuldades do instituto para contratar e manter os recenseadores em campo.
Esses trabalhadores temporários têm a missão de visitar os cerca de 75 milhões de domicílios espalhados pelo país. De 28 de novembro a 4 de dezembro, o IBGE contava com 60,6 mil recenseadores em ação, o equivalente a apenas 33,1% do total de vagas ofertadas no início da operação (cerca de 180 mil).
Até o momento, o órgão já recenseou 168 milhões de pessoas no país. Elas estavam em quase 59,2 milhões de domicílios. O total já contabilizado corresponde a 78,73% da população projetada (213 milhões), conforme o instituto.
FPM
O atraso acendeu um alerta, pois o IBGE tem de entregar dados populacionais para o TCU (Tribunal de Contas da União) ainda este mês. O repasse está previsto para o dia 26. A medida é necessária para os cálculos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), fonte de recursos para as prefeituras. A divisão é feita de acordo com o número de habitantes.
A projeção é cobrir em torno de 90% da população com o censo em dezembro. Segundo o instituto, nos municípios em que a coleta não estiver totalmente concluída, a contagem pode passar por um tratamento estatístico com o objetivo de calcular o restante da população e garantir a entrega para o TCU.
A prioridade é a conclusão da pesquisa nas localidades com até 170 mil habitantes, nas quais poderia haver um impacto maior de eventuais divergências nos dados. Tradicionalmente, o censo é produzido de dez em dez anos. Nos anos sem o levantamento, o IBGE encaminha para o TCU as estimativas populacionais divulgadas pelo órgão.
Elas servem como base para o FPM. Até o momento, em torno de 2,59% dos domicílios se recusaram a responder ao Censo. É um percentual que o IBGE tenta reduzir até o final da operação, após a aplicação de protocolos de insistência. A proporção era de 2,33% no balanço anterior, do final de outubro.
O Piauí é Estado mais adiantado. A proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada é de 96,24%. Sergipe (91,23%), Rio Grande do Norte (89,8%), Alagoas (88,82%) e Paraíba (88,30%) vêm na sequência.
Os menos são Mato Grosso (65,91%), Amapá (66,87%), Espírito Santo (70,67%), São Paulo (70,78%) e Acre (72,77%). Até o momento, 51,6% da população recenseada no país é formada por mulheres. Os homens respondem por 48,4%.
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