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Chefe do Serviço de Ambulância envolvido em protestos ainda não apareceu no trabalho

Cidade

Prefeito Caique Rossi condenou atos de violência, mas garante ampla defesa para seu cargo de confiança

Manifestantes são acusados de atos antidemocráticos contra os Poderes da República praticados domingo (8)

Manifestantes são acusados de atos antidemocráticos contra os Poderes da República praticados domingo (8). Foto: Reprodução/Internet

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O Chefe do Serviço de Ambulância da Prefeitura de Penápolis ainda não apareceu para o trabalho desde as imagens de sua participação nos atos dos manifestantes em Brasília (DF) na tarde do último domingo (8). Durante ação de alguns extremistas, houve a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes.

De acordo com informações, ele não entrou em contato até então, e também não houve localização dele de parte da Prefeitura em tentativas via ligação celular. Também foi levantado que o chefe das Ambulâncias não estaria em férias ou gozo de outro benefício que justificasse sua ausência no trabalho.

O servidor Erlon Paliota Ferrite é considerado um dos líderes do movimento bolsonarista na cidade. No domingo, ele teria feito uma filmagem a partir do instante da invasão ao prédio do Congresso Nacional.

Na divulgação e atualização diária da listagem dos presos após os atos extremistas no Distrito Federal, não constava até esta quarta nenhum nome de penapolenses que estiveram participando das manifestações. No documento, atualizado pela manhã, o número de presos chegou a 670.

Nomeado para o cargo em março de 2021 pelo prefeito Caique Rossi (PSD), o caso é averiguado a pedido do próprio prefeito. Dentro da Prefeitura fontes informaram que, a princípio, não será tomada nenhuma atitude estando o colaborador ausente.

Mesmo não sabendo do paradeiro do chefe de serviço, Caique afirmou que “todas as medidas legais para preservar os direitos da Prefeitura serão praticadas” – disse em resposta a uma mensagem via aplicativo de celular ao jornal INTERIOR.

A reportagem apurou que o prefeito foi orientado a ter cautela, ouvindo também a parte contrária, antes de agir sumariamente. Uma eventual demissão não está descartada, porém, só deverá ocorrer mediante provas de materialidade dos crimes possivelmente imputados ao servidor municipal.

Não foram informadas quais averiguações são feitas para essa preservação dos direitos do Poder Executivo.

Em uma Live no final da manhã desta quarta-feira (11), o prefeito comentou o caso. De acordo com Caique, as pessoas são conscientes da forma como trata de forma muito séria as questões da administração pública. Ele agradece a confianças da população em sua gestão.

“Jamais aceitarei atos que não sejam condizentes com os valores que eu acredito. Outro fato a destacar é que eu condeno todo tipo de ato de violência ou de violação; sou favorável sempre às manifestações, cobranças, reivindicações, acho justo, mas qualquer ato que foge disso, do diálogo, eu particularmente combato com muita força estas atitudes”.

Neste sentido, Caique afirmou ainda que não aceita com a generalização dos fatos, de acordo com ele “da forma que está sendo tratado pelo Partido dos Trabalhadores, tem que ter respeito. Tanto porque a história nos mostra qual são as atitudes desse partido nos últimos anos, algo tão próximo aquilo ou até pior”.

Para o prefeito não se deve discutir ideologias de direita ou de esquerda, que se traduzem no campo de ideias, mas tratando de atos. “Atos que praticam não são ideologias, são pessoas. Não acho justo, não aceito e não concordo e nunca vou concordar com a generalização e um movimento que já extrapolou os fatos lamentáveis que eu, Caique, jamais vou aceitar de violência e violação. E nesse caso já virou política” – falou.

Caique finalizou dizendo que é preciso entender o que aconteceu em Brasília. “Posso assegurar que somos um governo muito sério, formado por pessoas trabalhadoras, extremamente idôneas, e que tem um líder que não alisa. Tratamos a todos dentro dos valores éticos, morais e da legalidade, diferentemente de outros governos que jogavam para debaixo do tapete as coisas irregulares”.

Reafirmou não aceitar generalização, sendo que os fatos estão sendo apurados e o resultado será comunicado a todos. “Jamais agirei a distância, por pressão, por cobrança. Sou muito consciente e tranquilo do que acredito e os meus atos já provam aquilo que sou e como sempre agi e sempre agirei dentro da administração pública”,


COMPROMETEDOR

Em vídeo que circula nas redes sociais, o servidor Chefe do Serviço de Ambulâncias, gravou o momento em que tem início a invasão do Congresso Nacional, com os manifestantes, considerados terroristas pelas autoridades governamentais, subindo a rampa do prédio que abriga a Câmara e Senado Federal.

No vídeo, de cerca de 23 segundos, emocionado e chorando, ele comenta o momento e chega a falar que vão ao Supremo “tocar fogo naquela desgraça”. Os atos foram de ataques ao três Poderes da República. Foram invadidos e depredados os prédios do Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.

O episódio ganhou repercussão nesta segunda-feira (9) no portal de notícias UOL, na reportagem com o título “Deputado, vereador, policial: as autoridades e agentes públicos na invasão”. O texto fala da invasão de extremistas aos prédios dos poderes institucionais, contando com o apoio ou a presença de autoridades policiais, administrativas e militares.

Já no portal da CBN (Central Brasileira de Notícias), é relatado que Ferrite aparece em um vídeo que circula nas redes sociais chutando um busto de bronze no STF.

Representando o Partido dos Trabalhadores, o advogado Eduardo Cunha, protocolou o pedido de exoneração do servidor.



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