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Chuvas estragam doses de vacina contra a covid-19 em cidade de Minas

Brasil

Água e lama invadiram posto de saúde que guardava os imunizantes

A água e o barro que invadiram a Unidade Básica de Saúde (UBS) Lincoln Martins Moreira penetraram no refrigerador onde os frascos de vacina estavam armazenados

A água e o barro que invadiram a Unidade Básica de Saúde (UBS) Lincoln Martins Moreira penetraram no refrigerador onde os frascos de vacina estavam armazenados. Foto: Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

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As chuvas que mataram ao menos cinco moradores de Santa Maria de Itabira, na região central de Minas Gerais, no último fim de semana, também estragaram doses das vacinas contra covid-19 que a Secretaria Municipal de Saúde recebeu para imunizar grupos prioritários (idosos, profissionais de saúde e idosos que vivem em instituições de longa permanência).

Segundo a secretária de saúde do município, Janaína Machado dos Santos, a água e o barro que invadiram a Unidade Básica de Saúde (UBS) Lincoln Martins Moreira penetraram no refrigerador onde os frascos de vacina estavam armazenados.

“Perdemos todas as vacinas que ainda tínhamos guardadas”, disse a secretária à Agência Brasil. A quantidade de doses perdidas ainda está sendo contabilizada, mas, para Janaína, qualquer perda, por menor que seja, significa um enorme prejuízo, principalmente diante da escassez do produto.

De acordo com Janaína, os frascos inutilizados fazem parte do lote com que a prefeitura previa começar a vacinar os primeiros idosos da zona rural da cidade, localizada a cerca de 150 quilômetros de Belo Horizonte.

“A previsão era começarmos a vaciná-los na semana passada, entre quinta e sexta-feira, mas a chuva atrapalhou o cronograma. Estávamos aguardando as chuvas diminuírem para darmos continuidade à vacinação”, acrescentou a secretária, sem saber informar se a geladeira continua funcionando.

O prejuízo provocado pelas chuvas à secretaria de saúde não se limita às vacinas. “O prédio da secretaria também foi afetado. Perdemos pedidos de exames, prontuários, documentos do conselho de saúde. E ainda estamos checando se houve danos materiais e aos equipamentos. Até porque ainda não tivemos acesso aos postos de atendimento da zona rural.”


HOSPITAL

“Nada é tão ruim que não possa piorar. Não bastasse a pandemia, agora vem a chuva”, comentou Delvais da Consolação Silva, auxiliar administrativa do hospital filantrópico Padre Estevam.

Atingido pelas águas, o hospital foi forçado a interromper os atendimentos desde ontem. Em um vídeo divulgado nas redes sociais da instituição, é possível ver os corredores do local alagados.

“Não houve parte do prédio que não tenha sido afetada. Perdemos medicamentos, material hospitalar”, acrescentou Delvais, explicando que voluntários e funcionários de empresas que ofereceram apoio estão ajudando na retirada da lama e na limpeza do local. “Só depois que terminarmos saberemos o real tamanho do prejuízo.”

Para auxiliar no atendimento às vítimas de deslizamentos e outras consequências da chuva, a direção do Padre Estevam improvisou um posto de atendimento na Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, onde médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem estão atendendo casos de emergência. A igreja também é um ponto de coleta de donativos (alimentos não perecíveis; medicamentos; roupa e água) que serão entregues ao Corpo de Bombeiros para serem distribuídos às famílias que precisarem. (*) Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília



JOVEM PAN PENÁPOLIS

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