Cidades da microrregião tem nota do Ideb maior que as médias estadual e nacional
Educação
Alto Alegre, Luiziânia, Penápolis, Glicério e Barbosa foram os destaques com as melhores notas
Ivan Ambrósio 18/09/2020Os municípios que compõem a microrregião superaram as médias estadual e nacional de 2019 do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º. Os resultados foram divulgados na última terça-feira (15), pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
De acordo com o levantamento, a média nacional foi de 5,9, enquanto o Estado obteve 6,5. O destaque ficou para Alto Alegre, que liderou o ranking com 8.1. A meta era 6.4 e, para o ano que vem, é de 6.7. Em segundo lugar aparece Luiziânia, com 7.9, seguido por Penápolis (7.1), Glicério (7.2) e Barbosa (7.0).
Braúna e Avanhandava registraram 6.7 cada uma. Nos finais do ensino fundamental, que corresponde a 8ª série (9º ano), os dados mostram que nenhum dos municípios da microrregião conseguiu atingir a meta estabelecida.
No entanto, se comparar com as médias do Estado e nacional – 5.2 e 4.9, respectivamente -, apenas três cidades ultrapassaram, sendo Luiziânia, com 5.4, Braúna (5.3), Glicério (5.3). Penápolis teve a pontuação igual a estadual (5.2).
Já os anos finais, que correspondem a 3ª série do ensino médio, cinco municípios passaram da meta estipulada pelo instituto. Novamente, Luiziânia se destacou, atingindo a marca de 4.9, seguido por Penápolis (4.3), Braúna (4.3), Barbosa (4.1) e Glicério (3.9).
Alto Alegre teve 4.0, sendo que a meta era 4.2 e Avanhandava 4.5, quando o índice determinado era de 4.6. A média estadual foi de 5.2 e a nacional de 4.2. Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira.
CÁLCULO
Ele é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), que avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática.
O índice final varia de 0 a 10 e tem metas diferentes para cada ano de divulgação e também específicas nacionais, por unidade da federação, por rede de ensino e por escola. A intenção é que cada instância melhore os índices para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O Brasil avançou no Ideb em todas as etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do fundamental cumpriu a meta de qualidade nacional estabelecida para 2019. O índice registrado no país passou de 5.8, em 2017, para 5.9, em 2019, superando a meta de 5.7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares.
Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º, avançou de 4.7 para 4.9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada de 5.2. No ensino médio, passou de 3.8 para 4.2, ficando também abaixo de 5. Embora o Ideb da rede pública seja, em todas as etapas de ensino, inferior ao da particular, foi entre elas que ele apresentou mais avanços.
Nos iniciais do ensino fundamental, o índice passou de 5.5 em 2017 para 5.7 em 2019, extrapolando a meta de 5.5. Nas privadas permaneceu 7.1, inferior à meta para essas escolas, que era 7.4 para o ano. Nos finais, a particular também manteve, em 2019, o Ideb de 2017, que era 6.4 e ficou abaixo da meta de 7.1.
Já as públicas passaram de 4.4 para 4.6. Também não cumpriram a meta, que era 5. O ensino médio foi a única etapa que apresentou avanço também entre as escolas particulares, cujo índice passou de 5.8 para 6.
Ele ficou, no entanto, abaixo da meta, que era 6.8. Entre as públicas estaduais, índice teve um aumento maior, de 0.4, passando de 3.5 em 2017 para 3.9 em 2019. Mesmo assim, a rede estadual ficou abaixo da meta, que era de 4.6.
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