Coleta de pilhas e baterias portáteis no Sincomercio
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Composição do material representa perigo e deve ser descartado corretamente
Carlos Netto 15/11/2019O Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio Penápolis) fez, nessa semana, a entrega da segunda remessa de pilhas e baterias portáteis (de celulares) depois que a Fecomércio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) firmou parceria com uma empresa especializada no descarte desse material.
Conforme explicou José Valdir Rubino, administrador do Sincomércio, a sede da instituição é ponto de coleta seletiva para esse tipo de material, que não pode ser descartado em lixo comum em razão do Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) e da Corpe (Cooperativa de trabalho dos Recicladores de Lixo de Penápolis) não realizarem essa coleta.
“Essa é a segunda remessa que enviamos do material depositado aqui no sindicato. Como da vez anterior, agora são mais de 50 quilos, mas temos condições de receber mais”, garantiu Rubino. Segundo ele, é muito importante que a população saiba que o Sincomércio está disponibilizando um caixa coletora desse material, para que as pessoas não descartem (joguem) em qualquer lugar, ou no lixo reciclável que é recolhido pela cooperativa.
“A Corpe e o Daep não aceitam esse tipo de lixo, pois não têm local correto para o descarte”, explicou. O administrador alertou que as pilhas e baterias de uso doméstico apresentam um grande perigo quando descartadas incorretamente, e isso levou a Fecomércio promover essa parceria que viabiliza a coleta através dos sindicatos, com o descarte correto através de empresa.
Para especialistas, o descarte correto das pilhas e baterias portáteis é importante, em razão da sua composição, extremamente prejudicial à saúde das pessoas quando jogada de forma errada, causando contaminação do solo. Na composição dessas pilhas são encontrados metais pesados como: cádmio, chumbo, mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde humana. Dentre os males provocados pela contaminação estão o câncer e mutações genéticas.
As pilhas e baterias em funcionamento não oferecem riscos, uma vez que o perigo está contido no interior delas. O problema é quando elas são descartadas e passam por deformações na cápsula que as envolvem, ficando amassadas, estouradas, ou deixam vazar o líquido tóxico de seus interiores.
Esse líquido se acumula na natureza, ele representa o lixo não biodegradável, ou seja, não é consumido com o passar dos anos. A contaminação envolve o solo e lençóis freáticos prejudicando a agricultura e a hidrografia. Justamente por serem biocumulativas é que surgiu a necessidade do descarte correto.
O que não pode ser feito é o descarte desses materiais no lixo comum. Já existem leis que obrigam os fabricantes a receberem de volta pilhas e baterias, e desta forma dar a elas o destino adequado. Como o ideal é separar o lixo tóxico do restante, pois dessa forma fica facilitada a coleta e posterior armazenagem em aterros especiais, o Sincomércio Penápolis é ponto de coleta.
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