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Com medo de suspensão de cobrança da zona azul, Adefibi se manifesta

Região

Atendidos pela entidade foram à Câmara na última terça-feira em resposta a enquete e postagens de vereador

Atendidos da Adefibi estiveram na Câmara na última sessão

Atendidos da Adefibi estiveram na Câmara na última sessão. Foto: Hojemais Araçatuba

JOVEM PAN PENÁPOLIS

A principal fonte de renda para manutenção da Adefibi (Associação dos Deficientes Físicos de Birigui) é a arrecadação com o estacionamento rotativo, popularmente conhecido como zona azul, em Birigui (SP).

A possibilidade de suspensão desse serviço levou os atendidos à Câmara dos Vereadores, na última terça-feira (16), para uma manifestação contra qualquer medida neste sentido.

A iniciativa dos manifestantes foi tomada após a publicação de uma enquete, feita pelo vereador Fabiano Amadeu (Cidadania), no Facebook. Na rede social, o vereador informou que a página que ele administra, o Pô Birigui, iria propor a suspensão da cobrança da zona azul durante o período de pandemia da covid-19. A pergunta era se o internauta concordava ou não com a iniciativa.

Foram 2 mil votos, com 92% das pessoas a favor.

Essa postagem preocupou a entidade e principalmente os pacientes, que ficaram dois meses com os atendimentos suspensos por falta de recursos, segundo informou o presidente Jair Moisés Meira. Por isso, ele e a coordenadora decidiram ir até a Câmara, ambiente de trabalho do vereador, pois acreditaram que algum projeto sobre a Adefibi seria votado na data.

Vários pacientes, a maioria com mobilidade reduzida e com uso de equipamentos para locomoção, engrossaram a manifestação com faixas e cartazes, para mostrar a importância do estacionamento na manutenção da entidade.

Assim que começou, a pedido do vereador Valdemir Frederico, o Vadão da Farmácia (PTB), a sessão foi suspensa para que os parlamentares entendessem o que estava ocorrendo.

Após a informação de que não havia nenhum projeto e que o proposto por Amadeu é apenas uma indicação ao prefeito Cristiano Salmeirão (PTB), o único que pode ou não suspender a cobrança, os atendidos foram para casa.

“Se você tem duas laranjas iguais, uma é de graça e a outra é paga, qual você vai preferir? Óbvio que todos vão querer a que não precisa pagar”, disse, referindo-se à enquete que ele classifica de “ infelicidade”.

Para Meira, apesar de não haver nenhum projeto em votação, como eles imaginavam, a manifestação foi importante para conscientizar sobre a importância dessa fonte de recursos para a manutenção do trabalho da entidade.

A Adefibi realiza média de 600 atendimentos por mês. São cerca de 200 famílias carentes beneficiadas pelo trabalho da instituição, que oferece principalmente fisioterapia gratuita a pessoas com deficiência, além de equipamentos como cadeira de rodas, muletas e camas hospitalares.

Esse suporte é custeado com a arrecadação da zona azul, cujos valores não foram divulgados. Meira explicou que não estava na entidade no momento da entrevista, por isso não tinha como passar essa informação.

Além do atendimento na área da saúde, a entidade é cadastrada no programa Fome Zero e distribui alimentos às famílias às terças-feiras.


MÁ-FÉ

Fabiano Amadeu explicou que a manifestação foi ocasionada por uma informação equivocada plantada por alguém que agiu de má-fé. Ele explicou que o vereador não tem o poder de propor projeto nesse sentido, que é competência apenas do Executivo.

“Eu fiz a indicação porque 1800 pessoas do total de 2000 que votaram na enquete aceitaram a ideia, porém me coloquei à disposição para ajudar a entidade na questão da publicidade, para criar ações para a imagem da zona azul ser melhor vista pelos usuários”, explicou.

Segundo Fabiano, de um lado há usuários insatisfeitos com o serviço e do outro, uma entidade que precisa de ajuda. “Temos que ouvir os dois lados. Não é porque a entidade presta atendimento a pessoas carentes que tem de administrar a zona azul como bem entender. Não é assim que funciona. Tem que prestar um bom serviço”, disse.

O presidente da Adefibi confirmou que o vereador ofereceu sua ajuda como publicitário, mas nega que tenha sido induzido por alguém para fazer a manifestação. (*) Por Aline Galcino - Hojemais Araçatuba



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