Com novo reajuste, etanol deixa de ser vantajoso na hora de abastecer
Economia
Derivado de cana-de-açúcar já era encontrado de R$ 5,34 a R$ 5,39 nos postos da cidade
Ivan Ambrósio 19/04/2022Em pouco mais de uma semana, o litro do etanol aumentou R$ 0,40 em Penápolis e chegou a R$ 5,34. Foi o segundo reajuste nas bombas em poucos dias. Ontem (18), o derivado de cana-de-açúcar já era encontrado até R$ 5,39, contra R$ 4,94 no início deste mês.
Com isso, o biocombustível deixou de ser vantajoso em relação à gasolina, que já passou da casa dos R$ 7, fazendo com que os consumidores voltassem a analisar qual combustível é mais vantajoso colocar nos veículos.
Para calcular qual é mais benéfico economicamente, basta dividir o valor do litro de ambos. Se o resultado for menor que 0,7, abasteça com álcool. Se maior, escolha a gasolina. Quem foi abastecer o carro neste início de semana já encontrou novos valores para o etanol.
VALORES
Antes do novo aumento, era possível encontrar o litro do produto por preços como R$ 4,64, R$ 4,74, R$ 4,94, R$ 5,14 na última quinta-feira (14) e, agora, na média entre R$ 5,34 a R$ 5,39. Ainda na tarde de ontem, durante levantamento feito pelo INTERIOR, apenas um posto comercializava ainda a R$ 5,15.
Já o litro da gasolina comum é encontrado nos postos entre R$ 7,04 a R$ 7,09. Apenas um estabelecimento na Estrada Irmãos Buranello vendia a R$ 6,97. O preço da aditivada varia de R$ 7,14 a R$ 7,19.
Levantamento do Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) apontou que o litro do etanol hidratado vendido pelas usinas paulistas teve um aumento de 8% na semana entre os dias 11 e 14 deste mês. No período, a média do Estado de São Paulo era cotado nas usinas por R$ 3,8366, valor sem frete e impostos.
Na semana anterior, o litro era cotado em R$ 3,550. Já o etanol anidro foi a R$ 4,083 nesta semana, uma alta de 2,68% em comparação ao valor de R$ 3,977 praticado na semana anterior. Especialistas analisam que o maior consumo de etanol, após o mega reajuste na gasolina, pressionou o preço do biocombustível.
O aumento no consumo baixou os estoques das usinas, que reajustaram os preços nas distribuidoras e, como consequência, a alta foi repassada para as distribuidoras, até chegar aos motoristas.
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