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Comerciante é morto com golpe de canivete durante briga em Glicério

Polícia

Autor seria um lavrador de 36 anos; ele disse que agiu em legítima defesa

Silva chegou a ser levado por uma ambulância ao pronto-socorro, mas não resistiu ao ferimento

Silva chegou a ser levado por uma ambulância ao pronto-socorro, mas não resistiu ao ferimento. Foto: Ilustração

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O comerciante Marcelo da Silva, de 47 anos, conhecido como Rapa, morreu após ser golpeado com um canivete durante uma briga no final da tarde de sexta-feira (15), em Glicério. Ele chegou a ser socorrido por uma ambulância, mas não resistiu ao ferimento. O crime ocorreu na frente de um bar, pouco depois das 17h45.

Segundo o boletim de ocorrência, um policial civil estava na frente da delegacia, quando o pai da vítima, um aposentado de 82 anos, chegou até a unidade, informando que seu filho tinha sido “furado” e que o autor seria o vizinho. Ele foi junto com o idoso até a casa do suspeito, sendo recebidos pela esposa dele, uma dona de casa, de 29, que o chamou.

O lavrador saiu do imóvel todo ensanguentado e com uma lesão na cabeça, braços e costa. Ele foi levado por uma ambulância para receber atendimento médico no pronto-socorro, assim como Silva. Na unidade, funcionários disseram ao policial que o estado de saúde de ambos inspirava cuidados, sendo o do comerciante mais grave.


CARTÃO

O aposentado disse que, há 15 dias, a jovem tinha pegado o cartão de sua esposa e feito uma compra. Na época, o idoso pediu para que ela não fizesse mais aquilo e que não aparecesse em sua residência. Ele ainda relatou que, na tarde de sexta, estava com o filho sentado na frente do bar que possui, quando a dona de casa chegou, querendo falar com sua companheira.

Neste momento, o comerciante pediu para que ela não fosse até lá e que deixasse o local. A mulher saiu e, 20 minutos depois, voltou com o lavrador, que aparentava estar com um volume embaixo da camisa que vestia. Ainda conforme o aposentado, a jovem teria dito algo, quando o filho dele chamou-a de “ladrona”, fazendo com que ela partisse para cima.

O idoso tentou intervir, porém, foi golpeado na cabeça com um taco de bilhar, iniciando uma briga. Durante o confronto, o lavrador golpeou Silva com um canivete, causando ferimento. Ele foi levado por uma ambulância ao PS, mas não resistiu e veio a óbito. Equipe do IC (Instituto de Criminalística) esteve no local realizando perícia.

A Polícia Militar foi acionada e foi ao estabelecimento, tendo a mulher dito que passava com o filho no colo perto do bar, quando o comerciante a bateu com um taco na cabeça e em um dos braços, causando ferimentos. Ela ainda falou que, neste momento, o marido chegava do serviço, quando viu a cena, pedindo para parar a briga, porém, Silva teria ido para cima dele, caindo ambos no chão.

Já o lavrador disse que chegava da roça, quando viu a esposa sendo agredida pela vítima e o aposentado e tentou separar, quando pai e filho foram em sua direção para bater, acertando sua cabeça e derrubando-o ao solo. Nisso, ele pegou o canivete e golpeou Silva, acertando-o e cessando a briga. Levado ao plantão policial de Penápolis, ele prestou esclarecimentos, alegando que agiu apenas para se defender.

O delegado entendeu que, como as versões do caso eram diferentes e, por estar presente a excludente de ilicitude de legítima defesa, ouviu-o, liberando-o. O corpo do comerciante foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passaria por exame necroscópico e, em seguida, liberado aos familiares para velório e sepultamento. O caso segue em apuração.



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