Consórcio que assumirá aeroporto local é líder na gestão de terminais de passageiros

Cidade

Empresa atua há mais de 40 anos na gestão de terminais no Brasil e Chile

Ivan Ambrósio 17/07/2021

O Consórcio Aeroportos Paulista, que arrematou o bloco Noroeste que continha 11 aeroportos, entre eles, o de Penápolis – Dr. Ramalho Franco -, é liderado pela Socicam (Sociedade Civil Campineira), uma empresa que atua há mais de 40 anos na gestão de terminais urbanos, presentes no Brasil e no Chile.

Em território nacional, atua em 14 Estados e 52 cidades, na gestão de terminais rodoviários e urbanos, aeroportos e portos. Eles arremataram o lote, durante leilão na tarde de quinta-feira (15), que continha, além do espaço local, as unidades de Araçatuba, Andradina, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Barretos, Votuporanga Assis, Dracena, Tupã e Presidente Epitácio.

Conforme o site da empresa, a sociedade foi criada para administrar a antiga Rodoviária de Campinas, atualmente extinta e substituída pelo Terminal Multimodal Ramos de Azevedo, construído pela CTRC (Concessionária do Terminal Rodoviário de Campinas), da qual participa. A partir daí, avançou e investiu em tecnologia, estando presente em aeroportos em vários estados, assim como em terminais portuários de Salvador e Manaus.

“Consagrada como a maior operadora privada de aeroportos no Brasil, com 14 terminais aeroportuários sob sua gestão, a Socicam desenvolveu um modelo de negócio capaz de atender os níveis de exigência do poder público e dos passageiros com eficiência e excelência operacional, como se pode notar nos terminais que administra”, informam.

A sociedade administra terminais rodoviários em dez Estados brasileiros e está presente também nas cidades de Puerto Mont no Chile, Ayacucho e Lima no Peru. Em nota, a assessoria de imprensa informou que a partir deste momento, “a Socicam está acompanhando a conclusão de todo o processo licitatório, para, então, poder falar dos próximos passos”.


INVESTIMENTOS

Segundo a Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo), que passa a ser reguladora do contrato de concessão, no aeroporto de Penápolis, o investimento será de R$ 7 milhões. O de Araçatuba receberá R$ 24,4 milhões em melhorias e o de Andradina R$ 5,1 milhões, ultrapassando R$ 36,5 milhões nas três cidades.

O montante será aplicado em benfeitorias de infraestrutura, como recapeamento, iluminação e repintura da pista de pouso, ampliação da área de movimento de aeronaves, estacionamento de veículos e terminal de passageiros, implantação de áreas de segurança nas cabeceiras das pistas de pouso e decolagem, sistema de luzes, entre outras melhorias.

No total, estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos nos 11 aeroportos ao longo do contrato de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação. Estão previstos, para os primeiros quatro anos de operação, investimentos de R$ 62,3 milhões.

Com caráter de concorrência internacional e prazo de operação de 30 anos, o contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.

Divididos em dois blocos – Noroeste e Sudeste – os aeroportos movimentam cerca de 2,5 milhões de passageiros ao ano. A expectativa é de crescimento de mais de 230% no movimento dessas unidades durante o período de concessão. Dos 22 agora concedidos, seis já contam com serviços de aviação comercial regular e 13 têm potencial de se desenvolver como novas rotas regulares durante a concessão.