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Contra reforma da Previdência, escolas fecharam ontem em Penápolis

Educação

Secretaria orientou para que escolas permanecessem abertas

Adelino ficou fechada com adesão de 100%; bilhete de uma aluna (destaque) informava sobre a paralisação

Adelino ficou fechada com adesão de 100%; bilhete de uma aluna (destaque) informava sobre a paralisação. Foto: Carlos Netto

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Algumas escolas estaduais de Penápolis não tiveram aulas ontem (3), em protesto contra a reforma da Previdência proposta pelo governo estadual, que foi para a segunda votação na Assembleia Legislativa e passou por 59 votos a favor e 32 contrários.

No primeiro turno, o governo obteve exatamente os 57 votos necessários, incluindo o do presidente da Casa. A mobilização feita pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado), que também tinha servidores de outras secretarias, reuniu professores de todas as regiões e capital, mas não foi suficiente para reverter a votação.

Por conta dessa convocação, as unidades ficaram fechadas pois, além de professores, os demais servidores da educação também aderiram ao movimento. Um ônibus fretado em Penápolis levou um grupo de 35 profissionais à Assembleia, para pressionar os deputados durante a votação.


LOCAIS

A reportagem constatou que em algumas escolas a paralisação era parcial, mas no Ceeja, Yone Dias de Aguiar, Adelino Peters, Luiza Nory e Augusto Pereira a adesão foi de 100%. Na Maria Eunice, em Avanhandava, 20 professores pararam; Ester Eunice, na Cidade Jardim, 18; Maria de Fátima, em Clementina, 20; João Sampaio, 20, Expedicionário, em Alto Alegre, 7, Luiz Chrisóstomo, 20; Carlos Sampaio, 27; Joana Helena, 8; Manoel Bento, em Santópolis do Aguapeí, 10; Francisco Antônio, em Luiziânia, 16 e José Carlos da Silva, em Barbosa, 8.

A diretora da Apeoesp, professora Tereza Cristina Moreira da Silva, que esteve em São Paulo participando da mobilização, lamentou que a categoria tenha sido tratada como bandida, quando tiros com balas de borracha, spray de pimenta foram usados contra a manifestação.

Disse que, dentro dos gabinetes, auditório e galerias, o cheiro de gás era insuportável. “Somente os deputados da esquerda ‘se matando’ pra defender os professores. Estamos sendo tratados como bandidos”, disse.


SECRETARIA

Em nota, a Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que apenas três escolas, das dez em Penápolis, estavam com paralisação 100%. As demais funcionaram normalmente. Na região, a pasta relatou que não existiu paralisação e que as unidades funcionaram normalmente.

A secretaria orientou que todas as escolas fossem abertas ontem e recebessem os alunos normalmente para suas atividades. Ainda conforme a nota, as unidades possuem autonomia para definir seu calendário letivo de 200 dias, porém, deve ser encerrado no mínimo, até 23 de dezembro.

Até às 11h de ontem, segundo o órgão, 95% dos docentes estiveram presentes em salas de aula. Nos casos de faltas, o superior imediato iria analisar a justificativa apresentada, de acordo com a legislação.

Para a secretaria, a valorização do professor, figura central no processo de aprendizagem, é prioridade. A pasta confia em seus professores e acredita que vão saber agir da melhor forma possível.



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