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Corinthians comunica cortes em salários e benefícios

Esportes

Medida atinge até 70% do salário de funcionários que recebem acima de R$ 3 mil

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians

Andrés Sanchez, presidente do Corinthians. Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes

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Comforme paurado pela Gazeta Esportiva, o Corinthians anunciou por meio de comunicado interno, que reduzirá em até 70%, provisoriamente, o salário de seus funcionários que recebem acima de R$ 3 mil.

A jornada de trabalho e o pagamento do vale refeição também vão sofrer cortes na mesma proporção.

O clube se compromete a manter os benefícios de assistência média, odontológica e vale alimentação. Quem tem direito a vale transporte migrará para a modalidade de teletrabalho (home-office) e não receberá o auxílio, temporariamente.

A medida deve atingir prioritariamente aqueles empregados que estão sem trabalhar devido à paralisação das disputas esportivas e do fechamento das áreas do clube, como Parque São Jorge, Arena Corinthians e CT Joaquim Grava.

A reportagem apurou que a diretoria alvinegra pretende impor uma condição diferenciada para quem estiver executando sua atividade profissional. Estes casos serão negociados individualmente e o corte deve ser de 50%, ou seja, 20% menor.

O acordo entrará em vigor nesta sexta-feira (1º), e vai até o último dia do mês, a princípio.

A prorrogação pode acontecer por mais 30 dias, em caso de necessidade, como também o novo acordo pode ser suspenso imediatamente, se as atividades forem retomadas.

O Corinthians se compromete a trabalhar junto aos sindicatos e órgãos competentes para que os funcionários recebam o Benefício Emergencial, pago pelo Governo Federal e que remete a uma tabela proporcional da jornada de trabalho com o seguro desemprego.

O pagamento do Benefício Emergencial é realizado 30 dias após a celebração do acordo. Portanto, os funcionários devem ter a valores depositados apenas no início de junho, no cenário mais otimista.

Tudo foi feito com anuência do Sindesporte (Sindicato dos Empregados de Clubes Esportivos e em Federações, Confederações e Academias Esportivas no Estado de São Paulo) e do Sinpefesp (Sindicato dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região).

A Gazeta Esportiva também teve acesso a estes documentos. O Corinthians entende que o cenário é preocupante, mas acredita que dessa maneira pode evitar demissões em massa e prejudicar ainda mais seus funcionários.

Sem o futebol, o clube perdeu 70% da receita de cotas de TV, patrocinadores também suspenderam os pagamentos, sem contar a receita com bilheteria, que era destinada às parcelas referentes à Arena.

Por ora, no entanto, o elenco ainda não foi comunicado sobre corte em salários.



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