Corpe adota medidas para melhoria da coleta seletiva
Cidade
Desde a última semana, a coleta é realizada a partir das 5h30, ao invés das 7h
Da Redação 02/12/2020Nos últimos meses, a Corpe (Cooperativa de Trabalhos dos Recicladores de Penápolis) tem verificado uma redução dos rendimentos de seus cooperados devido à coleta informal dos materiais nas ruas da cidade. Eles têm sido disputados por catadores avulsos que coletam os materiais colocados pela população para a coleta da Corpe. Para combater este problema, os cooperados adotaram algumas medidas.
Uma delas foi realizar a coleta seletiva antes do horário convencional. Desde a última semana, a coleta é realizada a partir das 5h30, ao invés das 7h, para coletar os sacos verdes com todo material destinados à cooperativa. O horário também é mais adequado para este período de altas temperaturas.
A coleta seletiva é feita em todas as ruas do município com caminhão apropriado. No entanto, catadores avulsos intensificaram o recolhimento do material antes da coleta. O presidente da Corpe, Francisco Alexandre Cirilo, alerta para o impacto negativo nos rendimentos dos cooperados.
“Não é justo conosco e nem com a população que separa os materiais. Há pessoas que passam antes da coleta, abrem os sacos verdes e separam somente o que tem valor de mercado, como as latinhas de alumínio e PETs, deixando somente os materiais com baixo valor de mercado. Isso tem prejudicado muito nossa renda mensal”, enfatizou.
O presidente da cooperativa ainda acrescenta que para eliminar esses problemas, os trabalhos serão iniciados mais cedo. “Outro problema que estamos enfrentando, é que os sacos verdes são levados pelos catadores avulsos e a população fica sem reposição”, afirmou.
O presidente do Daep, Edson Bilche Girotto, o Batata, relata que a antecipação da coleta já surtiu efeitos positivos. “Nos últimos dias, verificamos que os materiais mais nobres estão novamente chegando à cooperativa. Estamos em constante contato com os cooperados para analisar outras medidas que auxiliem na melhoria da coleta”, contou.
Ele ainda explicou que a situação econômica que o país se encontra e o crescente índice de desemprego provocaram um aumento de catadores informais. “Isso agravou a situação da disputa pelo material reciclável e a Corpe está sofrendo com essa situação. Esses catadores informais foram convidados a participar da cooperativa, mas não se interessaram pois é necessário cumprir horários e regras internas”, disse.
Atualmente, a Corpe conta com 40 cooperados que dependem da renda oriunda da venda dos materiais para seu sustento familiar. Todos os cooperados estão formalmente registrados no INSS e trabalham em condições adequadas para sua saúde e segurança. O Daep todos os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários para execução das atividades. (*) Com informações da Secom – PMP
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