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Covid-19 faz Apae de Penápolis promover atendimento domiciliar

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Entidade entrega marmitas para alunos que estão em quarentena

Apae está atendendo 47 famílias de Penápolis, oferecendo diariamente 60 refeições durante o almoço

Apae está atendendo 47 famílias de Penápolis, oferecendo diariamente 60 refeições durante o almoço. Foto: Divulgação

JOVEM PAN PENÁPOLIS

A Apae (Associação de Pais e Amigos do Excepcionais) de Penápolis confirmou que continuam suspensas, nesta semana, as atividades com alunos na unidade, situação que já vinha ocorrendo desde 20 de março por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19).

Como a recomendação das autoridades de saúde é para ficar em casa, inclusive com decretos estadual e municipal determinando isso, a entidade está com um plano de atendimento diferenciado para esses alunos, em suas casas, até o dia 30.

A diretora administrativa, Iara Alves de Lima, que já havia informado dos procedimentos em março, comentou sobre o andamento das atividades, bem como a dinâmica empregada atualmente para atender os alunos, sem prejudicar a demanda.

A associação, por meio de seus profissionais, continua mantendo contato com esses alunos e familiares para saber como estão.


ATENDIMENTOS

Até hoje, segundo Iara, o atendimento chega a 780 pessoas mensais. Isso, além de consultas realizadas pelo CER (Centro Especializado em Reabilitação 2 - Deficiência Intelectual e Auditiva), para pessoas com deficiência intelectual e múltipla e TEA (Transtornos do Espectro Autista), também mensalmente, nos programas de educação, saúde e assistência social.

“São mais de 190 consultas de psiquiatria e otorrinolaringologia, por mês, realizadas pelo centro, sendo uma referência para 17 municípios da região”, informou. Embora os recursos governamentais não tenham sofrido alterações, a entidade continua aberta para receber colaborações da comunidade, pois o novo coronavírus fez com que algumas atividades que trazem recursos para a Apae tivessem uma redução drástica.

Mesmo assim, as ações assistenciais continuam. As atividades fins, com 137 funcionários, sendo 125 na Apae e 12 na residência inclusiva não pararam. Em relação à alimentação enviada aos alunos em suas residências, Iara informou que são 11 pessoas atendendo 47 famílias que estão em situação de vulnerabilidade social.

“Só atendemos Penápolis com 60 refeições durante o almoço, incluindo cardápios diferentes, pois existem crianças que se alimentam normalmente com arroz e feijão e outras com sopa”, explicou. São disponibilizadas para esse trabalho duas merendeiras, com a supervisão de uma nutricionista da entidade, três motoristas e um colaborador para fazerem as entregas nas casas dos atendidos.

“Com a divulgação desse trabalho feito anteriormente, mais famílias procuraram a entidade para receber essa alimentação. Então, com a supervisão de uma assistente social, estamos verificando a necessidade de cada uma delas”, disse Iara.

Na semana passada, considerada atípica pela entidade em razão do feriado, foram servidas duas refeições, por conta de arrecadações extras que foram feitas por outros colaboradores. “Entregamos leite e torradas em razão de termos recebido da campanha do grupo DeMolay, do Capítulo Guardiões das Virtudes, da Loja Maçônica, que nos ajudou muito”, informou a diretora.

Ela também agradeceu aos proprietários do Supermercado Eldorado pela doação de leite e lembrou do “Trote Solidário” da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis) com kits de materiais de higiene e de alimentos. “Estas ações visam suprir parte das necessidades básicas dessas famílias, nestes dias da pandemia da Covid-19 que, de acordo com as orientações recebidas, estão em casa”, ressaltou.

“Temos em nosso grupo o irmão de uma de nossas atendidas, que trabalha na distribuição de verduras para os supermercados. Quando a demanda exige menos e sobra mercadoria, ele tem feito a doação para Apae”, elogiou Iara.


ZONA AZUL

Ela relatou que a situação tende a ficar mais complicada com a falta dos recursos obtidos com a Zona Azul, projeto importante para sua manutenção e que também está suspenso por causa da pandemia. “Tivemos diminuição muito grande nas doações feitas através do telemarketing e do carnê Sócio Ouro, pois não podemos dispor dos mensageiros para fazer esse trabalho de arrecadação”, lamentou.

Conforme os dados, a Zona Azul tinha em fevereiro apresentado um resultado deficitário de quase R$ 6 mil e, em março, com a suspensão das cobranças, a entidade calculou na semana passada um déficit bem maior.

“No momento não temos como prever quanto tempo suportaremos essa situação. Hoje, 95% dos funcionários estão de férias, inclusive os que atuam na Zona Azul. A instituição se baseou na legislação, pagando os dias e o valor referente a 1/3 das férias até dezembro”, finalizou.



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