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Covid-19: terceira dose da vacina será aplicada a partir de setembro

Saúde

Reforço será para todos os indivíduos imunossuprimidos e pessoas acima de 70 anos

Também foi decidido que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas

Também foi decidido que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas. Foto: Reprodução

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O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira (25) que iniciará, na segunda quinzena de setembro, a aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 a “todos os indivíduos imunossuprimidos após 28 dias da segunda dose e para as pessoas acima de 70 anos vacinados há 6 meses”.

A decisão pela aplicação da terceira dose foi tomada de forma conjunta na noite de ontem (24), em reunião da pasta com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass),o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai).

Segundo o ministério, a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer ou, de maneira alternativa, com a vacina de vetor viral Janssen ou AstraZeneca.

Também foi decidido, durante a reunião de ontem, que haverá redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca, de 12 para 8 semanas.

O governo ainda não detalhou como será feita essa antecipação e disse que uma nova orientação sobre as recomendações será enviada aos gestores em breve.


INDICAÇÃO

Segundo o ministério, as decisões foram tomadas em conjunto com Conass, Conasems e a Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19. Na semana passada, os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendaram a dose de reforço em "caráter experimental", para idosos acima de 80 anos e pessoas com a imunidade comprometida que tomaram a vacina CoronaVac.

Um estudo realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) também apontou a necessidade desse reforço em pessoas com mais de 55 anos que receberam a CoronaVac.

No entanto, estudos também apontam que outras vacinas podem perder a proteção e uma dose extra pode ser necessária para algumas pessoas. Uma pesquisa feita no Reino Unido, por exemplo, apontou que a proteção após o esquema vacinal completo da Pfizer diminuiu de 88% em um mês para 74% em até seis meses. No caso da AstraZeneca, a queda foi de 77% para 67% até cinco meses.

Países como Israel e Chile já começaram a aplicar a dose de reforço. Na semana passada, os Estados Unidos anunciaram que a dose extra será dada a partir de setembro.


SÃO PAULO

O governo de São Paulo disse nesta quarta-feira (25) que vai começar a aplicar a dose de reforço da vacina contra o coronavírus no dia 6 de setembro nos idosos acima de 60 anos do estado.

"Desde a semana passada, o comitê vem discutindo com a área da saúde do governo de São Paulo e também com o comitê do Programa Estadual de Imunização (PEI), a proteção das pessoas com mais idade, com mais de 60 anos, e essa decisão foi finalizada hoje pela manhã e para aumentar a proteção do público com mais de 60 anos, suscetíveis, portanto, aos efeitos da Covid-19", afirmou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa no início da tarde.

Ainda de acordo com a gestão estadual, a imunização será destinada à população dessa faixa de idade que tomou a segunda dose há seis meses.

"As pessoas acima de 60 anos que serão vacinadas são aquelas que já completaram 6 meses da segunda dose. Se mesmo tendo mais de 60 anos, se a segunda dose ocorreu a menos de 6 meses, ela deverá aguardar até completar os 6 meses. Isso é uma questão técnica, porque é a partir do 6º mês que há possibilidade de uma queda na imunidade, antes disso não teria sentido", explicou o secretário-executivo do Comitê Cientifico paulista, João Gabbardo.

O grupo será imunizado com a marca da vacina que estiver disponível nos postos. "Em relação à marca da vacina, o posicionamento do Comitê Científico é que essa terceira dose ou a dose adicional pode ser utilizada com a vacina que nós tivermos disponível. Lembro também que quando chegar a vez da Janssen, que também é dose única, haverá uma dose de reforço para quem tomou Janssen. Então, a vacina, o fabricante, vai ficar de acordo com a disponibilidade", completou Gabbardo.


ENTENDA OS TERMOS

Segundo os especialistas, há uma diferença entre terceira dose e dose de reforço. Eles chamam de terceira dose, a dose necessária para completar o esquema vacinal, para atingir a proteção desejada. E chamam de dose de reforço aquela que vai fazer a manutenção do nível de anticorpos.

Pelo calendário nacional, a dose de reforço começa a ser aplicada para população acima de 80 anos e pessoas imunossuprimidas a partir do dia 15 de setembro.

A gestão estadual disse que ainda não definiu como será feita a aplicação da dose de reforço na população imunossuprimida.

O governador João Doria defendeu que a antecipação da data já era discutida pelo Programa Estadual de Imunização e defendida pelo grupo de médicos e cientistas responsável pela condução da crise da Covid-19 no estado.

Segundo João Gabbardo, a medida foi tomada para conter o avanço da variante Delta. O governo ainda divulgará as datas do programa e o calendário de escalonamento por faixas-etárias.

A dose de reforço também é defendida pela Anvisa.



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