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De soldado a capitão do Exército, oficial entra para a reserva e escolhe Penápolis para viver

Cidade

Capitão Cláudio já está inserido em entidades de assistência social como voluntário

Agora, com a missão cumprida, capitão Cláudio está à disposição da sociedade

Agora, com a missão cumprida, capitão Cláudio está à disposição da sociedade. Foto: Gilson Ramos

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Tem um ditado muito utilizado na cidade, que diz “penapolense não é somente quem nasce em Penápolis, mas que se torna penapolense por aquilo que faz em prol da cidade e sua gente”. E, hoje, após ter combatido o bom combate quase 33 anos ininterruptos no Exército Brasileiro, o capitão da reserva, Cláudio de Souza dos Santos, 51 anos, é mais um penapolense de coração a adotar Penápolis para viver e servir.

Nascido no Rio de Janeiro e tendo percorrido toda uma trajetória de cursos e especializações, terminou a missão estando Delegado da Junta do Serviço Militar de Penápolis. Sua baixa, para a reserva, ocorreu no final do recente dezembro. Agora é um veterano das Forças Armadas.

Por conta da reestruturação e modernização da parte administrativa para gerações de documentos, se tornou o último delegado a ocupar a função, uma vez que essa atribuição agora ficou com a Jurisdição de Bauru, que absorveu também as Juntas de Araçatuba e Andradina.

Estando fixado na cidade desde 2016, mas com vínculos com Penápolis desde 2006, cuja esposa, Deise Brandini Perazza, professora da rede pública estadual é penapolense, ainda na ativa, capitão Cláudio já estava inserido em diversos segmentos, entre eles em entidades de assistência social, como voluntário.

Antes de conhecer Penápolis, pelo próprio trabalho dentro da Seção dos Tiros e Guerra na 2ª Região Militar, conheceu mais de 120 cidades do interior de São Paulo. De origem humilde no subúrbio carioca, o capitão da reserva, em sua despedida no 37º Batalhão de Infantaria Leve (BIL) em Lins, em 31 de dezembro, agradeceu a Deus, destacando que finalizou de sua carreira militar de soldado a capitão e, para que isso ocorresse, bastou querer e buscar.

“Tem que se dedicar, não somente nas Forças Armadas. É preciso ser um bom cidadão, pai de família, alguém que se preocupa com seus familiares e o próximo”, disse. Ele recorda que não ficou esperando as coisas caírem do céu, mas buscou realizar seus sonhos.

“De família humilde, único militar da família, vivi uma situação social e econômica, e procurei horizontes para poder melhorar. No colégio despertei para a carreira militar. Amigos de infância trilharam o mesmo caminho, seja no Exército ou na polícia, chegando a comandos. Então, acreditei e realizei o que um dia busquei para minha vida”, recorda.

Com relação a escolher Penápolis para fixar raízes, ele disse que primeiro se deve à sua família, portanto uma escolha familiar a ser levada em conta.  A qualidade de vida e o acolhimento também pesaram na decisão. “É muito bom chegar numa cidade e ser bem recebido; pessoas são muito acolhedores. Aqui muitos já me conhecem pelo nome nos locais que frequento, tipo padaria. A gente se sente como se sempre morou aqui”, destacou.

Agora, com a missão cumprida, o capitão Cláudio está à disposição da sociedade, e espera continuar contribuindo com a cidade, como já o vinha fazendo desde quando designado para a Delegacia do Serviço Militar e passando a morar em Penápolis.

“Eu me já me sinto um penapolense. Já tenho sólidas raízes fixadas nesta cidade. Ademais, como dizem meus amigos, estou muito novo, e ainda tenho muito a contribuir para a sociedade”, acrescentou. Nos quase 33 anos de Exército, Cláudio realizou muitas especializações o que o capacitou para inúmeras missões.


QUALIFICAÇÃO

Entrou no exército, tendo o segundo grau e fez carreira. Começou pela Escola de Sargentos e, depois, os cursos de aperfeiçoamento militar (administração militar para trabalhar nas diversas seções do Exército), pronto socorrismo (base de assistência hospital e salvamento), instrutor de lutas (Aman), estágio do curso de caçador (sniper do Exército), especialização e administração militar, curso de habilitação para o quadro auxiliar de oficiais que é um concurso interno de dois anos e meio para sair oficial (direito ao MEC como Faculdade de Gestão Pública); graduação e tecnologia em gestão de segurança pública, política de estratégicas pela Escola Superior de Guerra; curso da Swat, aplicações táticas do Bope, entre outros.


CARREIRA

Cláudio de Souza dos Santos entrou no Exército em 13 de fevereiro de 1989, no Rio de Janeiro, com 19 anos, após seleção e incorporação. Antes, fez prova de sargento, mas ficou na reclassificação. Serviu o quartel e, na terceira tentativa após melhor se preparar, passou no concurso.

Em 1991, ingressou na escola de sargentos em três Corações (MG). Em Brasília (DF), integrou a Arma de Cavalaria – Dragões da Independência, trabalhando no Quartel e Palácios do Planalto, Jaburu, Casa da Dinda e QG do Exército. Ficou por cinco anos.

Pediu transferência e foi para a selva no Comando de Fronteira Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, permanecendo por dois anos diretos - 97 e 98 -, entre as fronteiras da Colômbia e Venezuela. Relata que foi experiência ímpar, conhecendo a cultura indígena.

Depois, transferido para Valência, no interior do Estado do Rio de Janeiro, no Esquadrão de Cavalaria, por cinco anos. Fez curso de aperfeiçoamento no Rio Grande do Sul, passou e foi classificado, com vários cursos e estágios direcionados para a carreira no Exército.

Preparou-se para ir para o Haiti e, tendo se inscrito para o processo de seleção para São Paulo para instrução de Tiro de Guerra, conseguiu pelo merecimento e qualificação, o que, para a carreira, seria importante. Ficou um ano em Andradina, chefiando o TG de lá, em 2006. Após, o Exército o enviou para o TG de Suzano (onde conheceu sua esposa).

Fruto desse trabalho frente aos Tiros de Guerra, obteve uma boa avaliação, foi Chefe da Seção de Tiro, em São Paulo, onde ficou por cinco anos. Trabalhou nas carteiras de Instrução, Acordo de Cooperação e Comunicação Social.

Ganhou vasta experiência com relação ao trabalho desenvolvido anteriormente, apoiando os companheiros que chegavam para as novas missões, com estágios, reforços no meio do ano para poder centralizar todos em São Paulo dando as diretrizes da Instrução programada.

Foi promovido a oficial. Para tanto, fez curso de administração e faculdade de gestão de segurança pública no Rio Grande do Sul, prova que o habilitou para o curso CHQAO (Escola de Instrução Especializada) durante dois anos e meio.

Em 2016, foi promovido e transferido para o 37º BIL, em Lins, servindo em unidade de Infantaria, com a promoção para 2º tenente. Família já estava em Penápolis. Tendo aberto vaga para função, possibilitou para estar mais próximo da família e conseguir atuar na cidade mais tarde, na condição de delegado da Junta do Serviço Militar, permanecendo de 2019 a 2021.

Em dezembro, após 32 anos e dez meses de carreira no Exército Brasileiro, com a promoção por merecimento a capitão, entrou para a reserva.



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