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Depois de quase 9 meses em funcionamento, Hospital de Campanha deixa de funcionar

Saúde

Unidade atendeu diversos pacientes durante este período; internações são feitas, agora, pela Santa Casa

Hospital de Campanha entrou em funcionamento em 22 de maio do ano passado

Hospital de Campanha entrou em funcionamento em 22 de maio do ano passado. Foto: Arquivo/JI

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Depois de quase nove meses em funcionamento, atendendo Penápolis e outros municípios da região, o Hospital de Campanha para receber pacientes com a Covid-19, o novo coronavírus, instalado em um prédio na avenida Leandro Ratisbona de Medeiros, encerrou suas atividades na sexta-feira (5).

De acordo com nota enviada pela Prefeitura, os últimos pacientes que estavam na unidade, sendo um na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e dois na enfermaria, seriam transferidos ainda no mesmo dia para a Santa Casa. “A transição foi feita sob a supervisão de uma comissão, que assegurou todos os preceitos de segurança e manutenção dos cuidados aos pacientes”, destacou a administração, por meio da secretaria de Comunicação.

A partir de agora, pessoas da cidade ou dos municípios que compõem a microrregião e que estejam com sintomas ou positivadas com o vírus – Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Braúna, Glicério e Luiziânia – serão internadas na unidade, que já vem recebendo enfermos nos últimos tempos. Para a região, o atendimento se limitará a casos extremante necessários, não havendo vagas disponíveis nas cidades de origem ou em outros hospitais de referência.

O Executivo ainda disse que os equipamentos que estavam no Hospital de Campanha já foram levados para a Santa Casa e que os dez leitos de UTI a mais já foram adequados, estando o espaço em fase de transição junto à DRS-2 (Departamento Regional de Saúde), em Araçatuba. “O ganho destas unidades de nível 2 garante a realização de procedimentos de média complexidade, ampliando o repasse de verba do SUS (Sistema Único de Saúde), do governo federal”, ressaltou a Prefeitura.


CONTRATO

No final de janeiro, o prefeito Caíque Rossi (PSD), após forte repercussão, clamor da sociedade e intervenção da Câmara de Vereadores diante de incertezas, inseguranças e ansiedades, assegurou, ao menos por 15 dias, a continuidade do Hospital de Campanha. Na época, ele explicou que a medida visava manter o melhor atendimento na saúde de forma mais eficiente. Segundo o chefe do Executivo, Penápolis havia gasto R$ 10,3 milhões para o funcionamento da unidade.

“Nos três meses finais de 2020, o governo estadual repassou R$ 480 mil, porém, a Prefeitura foi quem custeou os demais períodos para atender as 17 cidades da região”, disse. O Centro de Covid gerava um gasto de R$ 878 mil mensais. “Com a transição para a Santa Casa, priorizaremos o atendimento aos moradores de Penápolis e da microrregião. Além disso, o local é o mais adequado e, conforme apuramos, já havia anteriormente um plano de contingenciamento para, aos poucos, haver essa transição”, contou o prefeito, na época.

No mesmo mês, a administração publicou, em edição extra no Diário Oficial, decreto suspendendo a internação de novos pacientes da Covid-19 naquele espaço. O mesmo documento instituiu uma comissão técnica de transição para o plano de contingenciamento da Irmandade da Santa Casa para o acolhimento dos pacientes acometidos com o coronavírus.


IMPLANTAÇÃO

O Hospital de Campanha entrou em funcionamento em 22 de maio do ano passado, na gestão do ex-prefeito Célio de Oliveira (sem partido). A unidade foi implantada em uma parceria entre a Prefeitura, AHBB (Associação Hospitalar Beneficente do Brasil) e o governo estadual. Ela contava com dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), equipados com cama, respirador e demais aparelhos e 20 de enfermaria.

A ocupação era regulada por meio da Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde). O Centro de Referência teve, inicialmente, 80 profissionais atuando das mais diversas áreas na “linha de frente”, formando duas equipes, uma para a ala da enfermaria e, a outra, para a UTI. Após algumas adaptações do espaço, com reparos da infraestrutura, pintura, revisão elétrica e a instalação de equipamentos, o hospital ficou pronto para receber os pacientes. Parte da reforma foi realizada por meio de voluntários, incluindo a pintura de todo o prédio e a limpeza.



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