Desassoreamento já atingiu 20% de uma das lagoas que tratam o esgoto
Cidade
Processo é promovido pelo Daep, com recursos conquistados por meio do Fehidro
Da Redação 07/12/2019As melhorias no sistema de tratamento de esgoto doméstico em Penápolis continuam em evolução desde o último mês de junho. Desta forma, a primeira lagoa do complexo da Estação de Tratamento de Esgoto já teve removidos cerca de 20% do volume de sedimentos acumulados nos últimos 21 anos.
O processo de desassoreamento das lagoas da estação é promovido pelo Daep (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) com recursos conquistados junto à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, por meio do Fehidro (Fundo Estadual de Recursos Hídricos).
A execução vem sendo feita desde o meio do ano por meio de dragagem e armazenamento em bags, um projeto inédito em Penápolis. Para a prestação dos serviços o Daep contratou via licitação a empresa Ecobulk Indústria e Serviços de Proteção Ambiental Ltda.
O valor total que está sendo investido no desassoreamento do complexo é de R$ 1 milhão. Deste total, R$ 347.230,35 são custeados pelo Fehidro, com contrapartida do Daep de R$ 652.769,70.
Além do desassoreamento em si, o Daep já investiu outros R$ 300 mil, aproximadamente, na construção da área impermeabilizante de acondicionamento dos bags. A previsão é de que o trabalho seja concluído em junho de 2020.
TECNOLOGIA
De acordo com o presidente do Daep, Edson Bilche Girotto, o Batata, trata-se de uma das maiores obras relacionadas ao processo de esgotamento sanitário nos últimos anos.
“A última dragagem de sedimentos havia sido realizada em 1998. Agora estamos fazendo o serviço utilizando de tecnologia avançada com possibilidade de aproveitamento do lodo de forma ecologicamente correta”, contou.
O serviço contempla a remoção por dragagem e desaguamento em bags de aproximadamente 54 mil metros cúbicos de lodo, sedimentos e areia.
Os serviços consistem na remoção por bombeamento, desaguamento (desidratação) do material retirado nas lagoas de tratamento de esgotos, promovendo-se a desidratação e acondicionamento do material sólido, bem como a recuperação do efluente drenado com retorno para a lagoa através de bombeamento, dentro dos padrões ambientais vigentes.
O conjunto de lagoas de estabilização do tipo Australiano, localizado na Bacia do Córrego Maria Chica, foi inaugurado em 1986.
Penápolis tem dois complexos de tratamento de esgotos: o da Bacia do Córrego do Maria Chica em estudo, que recebe aproximadamente 75% de todo esgoto gerado e o restante é encaminhado para as lagoas que tratam os esgotos coletados na Bacia do Córrego Santa Terezinha que deverá passar pelo mesmo processo de serviços de desassoreamento futuramente.
“O acúmulo indesejado de lodo e areia nas lagoas anaeróbias é prejudicial para o processo de tratamento dos efluentes devido à diminuição da profundidade das lagoas causada pelo assoreamento”, observou o presidente do Daep.
“Consequentemente acaba havendo uma perda de volume útil da lagoa. Para continuar lançando os efluentes tratados dentro das legislações ambientais vigentes, estão sendo feitas intervenções para recuperar o volume útil de projeto”, acrescentou ele. (*) Com informações da Secom – PMP
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.