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Diocese estuda criação de nova Paróquia em Penápolis

Religião

Análise parte de uma necessidade de ampliar a cobertura de atendimento

Padre Rodolfo será responsável em promover a transição, com estudos mais aprofundados

Padre Rodolfo será responsável em promover a transição, com estudos mais aprofundados. Foto: Divulgação

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Está sob estudos da Diocese de Lins, a possibilidade da criação de uma nova paróquia católica em Penápolis. Esta seria a sétima paróquia da cidade para poder facilitar o trabalho pastoral de evangelização. De antemão, foi discutido entre o Conselho de Presbíteros, a divisão da Paróquia Sagrada Família, com matriz no Jardim Eldorado, e a disponibilidade por parte da Paróquia do Santuário, da comunidade de São Pedro, no Jardim Alphaville.

A análise parte de uma necessidade de ampliar a cobertura de atendimento e presença maior da Igreja Católica com a expansão de novos bairros, notadamente na área de abrangência da Paróquia Sagrada Família.

Um estudo neste sentido partiu de um diálogo entre o bispo diocesano Dom Francisco Carlos da Silva e o pároco local padre Rodolfo Petrucci. Atendendo a este pedido, em comunhão com a igreja diocesana e local, padre Rodolfo acolhe e auxilia a proposta da divisão de parte de sua área territorial paroquial, que se tornou a maior entre todas as demais.

Hoje, a paróquia atende 12 comunidades, sendo cinco delas rurais e outras sete urbanas. “Em algumas delas celebramos em casas e escolas, por não terem seus templos construídos. Outras já possuem o templo construído e articulado. Entretanto, todas elas são atendidas com muito amor e zelo pastoral. Tais comunidades trabalham incansavelmente para se manterem e sobreviverem financeiramente devido a realidade hodierna”, considerou ele.

Por sua paróquia, que existe há 21 anos, são atendidos os fiéis católicos nos bairros Jardim Eldorado (sede da matriz), Silvia Covas, Jardim Esplanada, Gualter Monteiro, Osvaldo Vizoni, Santa Leonor, Parque Industrial, Jardim Tropical, Pereirinha, Haroldo Camilo, Residencial Atlântica, Residencial Dois Irmãos, Jardim Tóquio, Jardim Brasília e os rurais Boa Vista, Cruzeiro, Córrego dos Pintos, Bahia e olarias.

“Contudo, vemos a expansão populacional gradativa, bem como a criação de tantos outros bairros e casas populares, as quais ainda não conseguimos atingir devido a grande extensão do território paroquial”, pontua.

Padre Rodolfo, em documento ao bispo Dom Francisco Carlos da Silva, informou que, diante desta realidade social, a Paróquia Sagrada Família, sem desanimar no empenho diário para atender da melhor forma, vem enfrentando um grande desafio de chegar a tantas outras pessoas e bairros novos que vem se constituindo em seu território paroquial.

“Bairros estes que possuem grande potencial e grande número de moradores. Conjuntos habitacionais, casas populares e em breve até mesmo condomínio fechado, sem falar nas áreas de loteamento que estão sendo organizadas em vários locais deste território. Contudo, muitas destas comunidades e bairros são atendidos uma vez ao mês com as celebrações das missas e em outras oportunidades atendidas pelos diáconos ou lideranças locais, devido a extensa agenda de missas, formações, reuniões da paróquia”.

Considera, por fim, que Penápolis vem crescendo em termos populacional cada vez mais para a área de sua região pastoral, tornando o trabalho cada vez mais difícil. O religioso propôs o estudo para se dividir a paróquia, que, conforme ele, se faz evidente para melhor atender esta nova realidade.

“Neste sentido, é inevitável que nesta área da cidade seja constituída uma nova paróquia, dividindo assim, o território da paróquia Sagrada Família para que o trabalho pastoral possa chegar aos recantos deste território tão vasto, haja vista que pela divisão pode-se notar que a paróquia atende um terço da cidade, o restante da cidade é dividido em outras cinco paróquias”.

A Paróquia do Santuário pela unidade da Igreja aceitou repassar para o novo território paroquial em Penápolis a ser criado pela Diocese de Lins, a capela São Pedro. Durante um ano, padre Rodolfo ficaria responsável em promover a transição com estudos mais aprofundados objetivando definir a área pastoral da nova Paróquia. Somente após esse planejamento é que a criação será oficializada pelo bispo, definindo qual igreja será a sede paroquial, bem como o seu pároco.


PROPOSTA

Para que a Igreja possa estar mais próxima das novas comunidades, foi proposta a divisão territorial para que seja feita pela Avenida Irmãos Buranello, a qual passa ao meio do território paroquial. Assim sendo, a Paróquia Sagrada Família continuaria atendendo seis comunidades e a nova paróquia outras seis comunidades.

O território que a Paróquia Sagrada Família atenderia abrangeria a Comunidade Nossa Senhora Aparecida no bairro rural do Cruzeiro; Comunidade Santo Antônio nas olarias da cidade, na Estrada Vicinal Francisco Salla; Comunidade São Benedito no bairro Tóquio; Comunidade Santo Expedito no bairro Santa Leonor; Comunidade São Judas Tadeu no Bairro Esplanada e a Matriz Sagrada Família no bairro Jardim Eldorado.

Dentre estas, a comunidade São Judas não possui capela, mas celebra as missas nas casas, e a comunidade Santo Expedito, celebra em um pequeno salão adaptado como capela, mas que possui terreno para construção de sua igreja.

O território da nova paróquia abrangeria a Comunidade Sagrado Coração de Jesus no território rural do Córrego dos Pintos; Comunidade Santos Reis no território rural da Bahia; Comunidade Santa Cândida no território rural Boa Vista, as quais possuem capelas, Comunidade São Lucas no bairro Tropical, Comunidade Sagrado Coração de Jesus no bairro Haroldo Camilo, as quais possuem capelas que foram reformadas e dedicadas a pouco tempo; Comunidade São Cristóvão no bairro Silvia Covas, a qual não possui capela e celebram-se missas em escola ou nas casas dos fiéis.

Dentre tantas comunidades, muitas delas poderiam se tornar a sede dessa nova paróquia. Contudo, com a inclusão da Comunidade São Pedro no Bairro Alphaville, por sua infraestrutura e pelo fato de ser uma comunidade mais antiga desse território, pensou-se que também poderia ser uma possibilidade de se tornar a Matriz desta nova paróquia. Bem como, a Comunidade São Lucas devido ao tamanho da Igreja, sua organização pastoral e centralidade neste novo território.


DESAFIOS

Padre Rodolfo fala dos desafios nos tempos atuais, como em qualquer outra realidade paroquial, com necessidades de promoções de eventos para levantar fundos e assim suprir as carências religiosas (manutenção do templo), missionárias (projetos de evangelização) e sociais (atendimento às famílias carentes).

Os projetos realizados hoje, somente pela Paróquia Sagrada Família, com o auxílio da própria comunidade local, atendem mais de 50 famílias carentes com a doação de cestas básicas, por meio do grupo de vicentinos. Diversas crianças, de zero a seis anos, são acompanhadas pela Pastoral. A catequese acolhe mais de 200 pessoas, entre jovens, adolescentes e crianças. Há ainda atendimento e visitas contínuas aos enfermos e bênçãos.



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