Dona de casa condenada por matar agente penitenciário é presa pela PM
Polícia
Crime ocorreu em junho de 2012; mulher condenada a 8 anos de prisão em regime semiaberto
Ivan Ambrósio 25/02/2022Uma dona de casa de 36 anos, residente em Avanhandava, foi presa pela Polícia Militar na noite de quarta-feira (23). Ela foi condenada a oito anos de prisão, no regime inicial semiaberto, por ter matado o ex-companheiro dela e que era o agente penitenciário Anderson Amaral Prado, de 32.
O caso ocorreu na residência do casal madrugada de 5 de junho de 2012. O mandado de prisão foi expedido pela 1ª Vara Criminal de Penápolis na última segunda-feira (21), sendo ela encontrada na casa onde mora, na Vila Bandeirantes.
Na época do crime, policiais militares foram chamados para atender a ocorrência, após serem informados de que um agente penitenciário teria cometido suicídio com disparo de arma de fogo. Chegando ao local, encontraram a vítima deitada na cama, ferida na cabeça e ainda com vida. Prado foi levado por uma ambulância ao pronto-socorro, mas não resistiu.
Uma pistola calibre 380, que estava travada e caída no chão, ao lado da cama, foi encontrada e apreendida. Quatro cápsulas deflagradas e mais duas foram recolhidas, após serem encontradas no fundo da residência, próximo a um coqueiro. Equipe do IC (Instituto de Criminalística) realizou perícia no imóvel.
PRISÃO
O PM que apresentou a ocorrência relatou que, pela quantidade de sangue encontrado, certamente o agente tinha sido ferido por mais de um disparo e que, ao chegar ao imóvel, viu uma cinta pendurada e com os dizeres “educação e respeito”.
Ainda segundo o militar, ao questionar a dona de casa sobre o objeto, ela começou a chorar, dizendo que era agredida pelo ex com o acessório. Na sequência, confirmou que havia matado o agente com a pistola.
A mulher ainda confessou que não suportava mais as agressões e torturas sofridas e que o agente já havia feito dois disparos com a arma no quintal da residência e, por isso, temia pela sua vida. Ela foi levada a delegacia, onde o delegado entendeu que não teria configurado legítima defesa, pois a dona de casa confessou que atirou quatro vezes contra a vítima.
A mulher foi presa em flagrante por homicídio qualificado, por meio que dificultou a defesa da vítima. A cinta foi apreendida, assim como o computador do agente.
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