Em 12 meses, penapolenses pagaram mais de R$ 36 milhões só de impostos
Economia
Expectativa para 2020 é que a população desembolse mais de R$ 38 mi
Ivan Ambrósio 14/01/2020
Somente nos 13 primeiros dias de 2020, penapolenses já pagaram mais de R$ 16 mi em tributos. Foto: Ivan Ambrósio
De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2019, os penapolense pagaram mais de R$ 36 milhões somente em impostos. O levantamento foi feito pelo Impostômetro, ferramenta da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) que mede o quanto de tributos, taxas e cobranças federais, estaduais e municipais pesam no bolso da população.
De acordo com o balanço, os moradores da cidade desembolsaram nos 12 meses do ano passado cerca de R$ 36.388.888,82 com impostos. No mesmo período de 2018, a arrecadação ficou em R$ 34.100.562,64, um aumento de aproximadamente 6%.
Com essa quantia, era possível adquirir mais de mil veículos zero quilômetros no valor de R$ 35 mil cada um; comprar mais de 100 mil cestas básicas de R$ 400 e 290 apartamentos de R$ 120 mil, além de construir moradias, hospitais, entre outros pontos.
A pesquisa permite ainda mostrar que, somente nos primeiros 13 dias de 2020, já foram pagos mais de R$ 16 milhões em tributos pelos penapolenses e que, a expectativa para 2020 é que a população desembolse, somente com impostos, mais de R$ 38 milhões.
GERAL
Em comparação ao ano passado, os brasileiros pagaram mais impostos no ano passado, sendo atingida a marca de R$ 2,5 trilhões. Em 2018, o valor somou R$ 2,3 tri, nível recorde para uma economia com baixo crescimento e indefinições. Até o momento, mais de R$ 100 bilhões já deixaram o bolso dos brasileiros em direção ao cofres dos governos.
Apesar do volume, a entidade avalia que o valor arrecadado é semelhante ao registrado nos dois últimos anos em 13 de janeiro. Isso, segundo a instituição, mostra que a economia ainda segue um ritmo lento de recuperação. O economista Emílio Alfieri explica que a arrecadação elevada em uma economia morna tem ligação com a alta carga tributária existente no país.
Reduzir essa carga de impostos, segundo o economista da associação, não está na mira de governantes e congressistas nesse momento. “Mesmo arrecadando muito, os governos gastam muito. Esse valor de R$ 100 bilhões, por exemplo, é equivalente ao déficit público esperado para 2019”, pontua.
O economista diz que, mesmo com os esforços do governo federal para fazer o ajuste fiscal, principalmente por meio de reformas, não haveria espaço para reduzir a carga tributária. Hoje, há mais de 60 tributos em vigor. Para a entidade, sem perspectivas de uma redução nos impostos, é importante que os brasileiros tenham consciência daquilo que estão pagando aos governos para que possam cobrar um retorno – na forma de serviços púbicos compatíveis ao da grandeza da arrecadação.
CAMPANHA
Em 1º de janeiro, a ACSP lançou a campanha “Novo Ano Novo”. A ação quer conscientizar os brasileiros ao mostrar que é necessário trabalhar 153 dias no ano somente para pagar impostos. Por essa perspectiva, apenas a partir do dia 2 de junho “o ano começa”.
A iniciativa também engloba uma petição on-line disponível no site https://novoanonovo.org/. Com um milhão de assinaturas, a associação levará ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular para oficializar o dia 2 de junho como feriado nacional, assim como 1º de janeiro. Para a entidade, transformar esse dia em feriado nacional é uma forma de ressaltar o valor pago em impostos até a data.
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