Em memória às vítimas da Covid-19, prefeitos decidem não realizar Carnaval ano que vem

Região

Decisão ocorreu durante reunião na última sexta-feira (19), na sede do Cimpe

Ivan Ambrósio 23/11/2021

Com a proximidade do fim do ano, o avanço da vacinação e a diminuição dos casos da Covid-19, o novo coronavírus, cresce a expectativa para o Carnaval 2022. Apesar do fim das restrições impostas pelo Estado, algumas cidades que compõem a microrregião – Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Glicério e Luiziânia - decidiram não realizar as festividades, principalmente em memória às vítimas que não resistiram à doença e faleceram.

Segundo apurado pelo INTERIOR, o consenso aconteceu durante reunião entre eles na última sexta-feira (19), na sede do Cimpe (Consórcio Intermunicipal da Microrregião de Penápolis). Apenas o chefe do Executivo de Braúna, Heitor Verdú (Podemos) não esteve presente. Ele se reunirá com o departamento de Cultura do município para tomar a decisão. A medida adotada por eles segue o mesmo exemplo de outros prefeitos da região, como Lins.


MOTIVOS

O chefe do Executivo de Alto Alegre, Carlinhos Sussumi (MDB), explicou que a medida tomada leva em consideração diversos aspectos, principalmente a sensibilidade pelas famílias enlutadas pela recente perda de seus entes queridos para a doença. “É uma forma de preservarmos mais vidas, bem como trazer um momento de reflexão de que ainda não podemos esquecer dos protocolos para evitar uma nova onda de contágio”, disse.

Ildo de Souza, de Glicério (PSDB), destacou que nem show no final do ano, que acontecia na cidade, será feito. “Vários países estão novamente decretando lockdown em decorrência da evolução e do recorde diários de novos casos e, por isso, precisamos evitar ao máximo eventos que causem aglomeração. A pandemia ainda não acabou”, comentou.

O prefeito de Avanhandava, Ciro Veneroni (PSD), frisou que há muito tempo não há festividades de Carnaval no município por vários motivos. “Nossa prioridade é os investimentos que estamos realizando nas áreas da saúde, educação, infraestrutura”, observou. Rodrigo Primo Antunes, também do PSD e chefe do Executivo de Barbosa foi a favor da não realização do evento.

“Nessa reunião tivemos o consenso em avaliar que não é o momento para festas, já que ainda estamos com a pandemia e o momento exige cuidados de todos”, ressaltou. Rogélio Cervigne Barreto (DEM), de Luiziânia, também afirmou que não haverá Carnaval em 2022. “Vamos realizar a 35ª Festa do Peão de 17 a 20 de fevereiro do ano que vem, respeitando todas as recomendações dos órgãos sanitários”, finalizou.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Penápolis para saber se a administração seguirá o que foi definido durante a reunião no Cimpe e quais fatores foram levados em conta, porém, até o fechamento desta edição, a administração não respondeu.


CAPITAL

Diferentemente da microrregião, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou recentemente que o Carnaval não deve ter restrições sanitárias e que o evento seja o maior já realizado na cidade, com a presença de 15 milhões de pessoas. A declaração dele seguiu a mesma linha do que também foi dito pelo chefe do Executivo do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que prometeu a festa sem distanciamento ou restrição.