Emmanuel Macron é reeleito presidente da França
Internacional
Ele derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen
Da Redação/Agência Brasil 25/04/2022
Ao discursar, o presidente reeleito reconheceu que os próximos cinco anos não serão fáceis e que será presidente de uma França dividida. Foto: Omer Messinger/EFE/direitos reservados
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi reeleito neste domingo (24) para um novo mandato. Ele derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen.
Após a divulgação da projeção que mostrou a vitória de Macron, ele foi recebido por milhares de apoiadores que estavam reunidos nas proximidades da Torre Eiffel.
Ao discursar, o presidente reeleito reconheceu que os próximos cinco anos não serão fáceis e que será presidente de uma França dividida.
"Já não sou o candidato de alguns, mas o presidente de todos", afirmou Macron, que também venceu Le Pen na eleição anterior.
A votação foi aberta às 8h no horário local (3h em Brasília) e encerrada às 20h (15h em Brasília).
DIVISÕES
O presidente reeleito da França, Emmanuel Macron, prometeu lidar com divisões profundas no país, após resultados mostrarem vitória nas eleições presidenciais sobre Marine Le Pen. Reconheceu que muitos votaram nele, principalmente para frustrar sua adversária de extrema direita.
Com os olhos voltados para uma eleição parlamentar em junho, Macron deve agora negociar outro período complicado de campanha, para tentar garantir uma legislatura que lhe dê a maioria necessária para implementar suas políticas.
Os resultados finais do segundo turno de domingo mostraram que Macron obteve 58,54% dos votos, margem de vitória maior do que muitas pesquisas haviam previsto.
O resultado também dá à extrema direita sua maior fatia de votação presidencial já registrada.
"Muitos neste país votaram em mim não porque apoiam minhas ideias, mas para manter de fora as da extrema direita. Quero agradecê-los e sei que tenho com eles uma dívida nos próximos anos", disse Macron no discurso de vitória.
"Teremos que ser benevolentes e respeitosos porque nosso país está cheio de dúvidas, com muitas divisões."
Embora a margem de vitória de Macron tenha sido confortável, ficou bem abaixo dos 66,1% que ele conseguiu contra a mesma adversária no segundo turno de 2017, e ainda mais longe dos 82% garantidos pelo conservador Jacques Chirac em 2002, quando a extrema direita chegou pela primeira vez à fase de desempate.
O candidato presidencial de extrema esquerda, Jean-Luc Mélenchon -- que ficou em terceiro lugar atrás de Le Pen no primeiro turno - imediatamente rotulou as eleições parlamentares de 12 e 19 de junho como "terceiro turno" da eleição presidencial.
É uma votação na qual os partidos da oposição de todos os segmentos esperam ganhar.
A mensagem em todo o campo de Macron, nesta segunda-feira (25), foi de que ele ouvirá mais, após o primeiro mandato em que o próprio presidente inicialmente chamou seu estilo de liderança de "jupiteriano", sugerindo que ficará acima da briga política. (*) Com informações da RTP Internacional
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