Empresário acusado de liderar esquema de pirâmide financeira é preso em operação da Polícia Federal
Região
Outros três investigados foram presos na manhã desta quinta-feira; foram cumpridos mandados em Araçatuba
Da Redação 11/11/2021Quatro pessoas foram presas pela Polícia Federal nesta quinta-feira (11), entre elas um empresário investigado por ser o suposto líder de um esquema de “Pirâmide Financeira” que pode ter movimentado mais de R$ 100 milhões reais nos últimos quatro anos.
Ele e outras três pessoas foram presas durante a Operação Ponzi, que foi deflagrada pela PF com apoio da Polícia Civil e Ministério Público Estadual de Santa Fé do Sul, para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual de Santa Fé do Sul.
Além dos quatro mandados de prisão, sendo um de prisão preventiva e três temporárias, foram expedidos 23 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos em Araçatuba, Santa Fé do Sul, Santa Clara d’Oeste, Votuporanga, Bebedouro, Casa Branca, Americana, Santana de Parnaíba e São Paulo.
Segundo o que foi divulgado pela PF, empresário e o diretor geral do grupo investigado foram presos quando saíam de uma casa de shows em São Paulo, nesta manhã. Os mandados foram cumpridos por policiais federais à paisana. Os outros presos são a ex-esposa do empresário e a diretora financeira do grupo. Todos seriam conduzidos até a sede da PF em Jales para serem ouvidos pela autoridade policial.
ESQUEMA
Segundo a Polícia Federal, durante as investigações foi apurado que em dois anos o empresário preso abriu dezenas de empresas e filiais em várias cidades do interior paulista.
Essas empresas teriam como fachada a oferta de serviços de créditos de bancos diversos, mas na verdade, toda a estrutura era voltada para convencer poupadores a entregarem suas economias em troca de altas taxas de juros remuneratórios, que chegavam até 6% ao mês. Esses juros seriam pagos com recursos de novos investidores, caracterizando um esquema de “Pirâmide Financeira”.
A PF localizou uma mansão, chácaras e um terreno às margens do Rio Paraná, além de vários carros de luxo e uma aeronave que também devem ser apreendidos, junto com três embarcações de grande porte também que já foram apreendidas com apoio de equipes da Polícia Militar Ambiental de Fernandópolis.
CRIMES
Os presos devem ser indiciados por crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa. As penas máximas somadas podem chegar a 24 anos de prisão.
Segundo a PF, o nome da operação é uma referência ao esquema PONZI, que é uma operação fraudulenta e sofisticada de investimento do tipo esquema em pirâmide que envolve a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos ("lucros") aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente. (*) Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba
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