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Empresário que prensou comerciante na parede em Buritama será julgado nesta quarta em Araçatuba

Justiça

Desaforamento foi autorizado pela Justiça para garantir imparcialidade no julgamento

Crime foi gravado pelas câmeras de monitoramento do prédio

Crime foi gravado pelas câmeras de monitoramento do prédio. Foto: Reprodução

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Será realizado na próxima quarta-feira (24), no Fórum de Araçatuba (SP), o julgamento do empresário Isac Alexandre Gaspar Pinto, 46 anos, denunciado por dupla tentativa de homicídio triplamente qualificado.

Morador em Buritama (SP), ele será julgado pelo Júri Popular por ter tentado invadir um depósito de bebidas com uma caminhonete, na noite de 24 de agosto de 2018, quando prensou a dona do estabelecimento na parede.

Em entrevista concedida ao programa Jornal de Verdade, na rádio Viva FM na última sexta-feira (19), ela contou que foi atingida na bacia, teve uma das pernas dilacerada e já passou por nove cirurgias.


DESAFORAMENTO

Diante da repercussão do caso, em março do ano passado a Justiça de Buritama determinou a transferência do julgamento para outra comarca, para garantir a imparcialidade, por considerar que poderia ocorrer pressão nos jurados se a sessão acontecesse cidade.

Ao tomar a decisão, a Justiça levou em consideração que a defesa, feita pelo advogado Elber Carvalho de Souza, argumentou que o empresário teve um caminhão incendiado, possivelmente em retaliação ao caso em julgamento. Já Promotoria de Justiça citou que uma das testemunhas de acusação teria sido intimidada durante o processo.


CRIME

Consta na denúncia que naquela noite, Gaspar Pinto estava com a mulher dele no depósito de bebidas e ela se desentendeu com uma cliente da mesa ao lado. A vítima contou que o casal teria chegado tarde no estabelecimento, foi informado que não havia mesa, mas outros clientes teriam cedido um espaço na mesa delas.

Após a discussão, o empresário teria saído de depósito com a esposa dele, e ficou discutindo na calçada. Os proprietários fecharam a porta, deixando o casal para fora, mas o empresário teria pedido para entrar.

Como não foi atendido, ele foi até a caminhonete e jogou o veículo contra as portas de vidro do prédio, ação que foi gravada pelas câmeras de segurança. Em seguida, ele engatou marcha a ré.

Percebendo que o empresário entraria com o veículo dentro do depósito, os proprietários se armaram com paus e pedras para tentar impedi-lo. Porém, quando eles saíam do depósito, o réu jogou a caminhonete contra a mulher, que foi prensada na parede. Em seguida ele fugiu com o veículo, que seria emprestado.


QUIS MATAR

O Ministério Público denunciou o empresário por dupla tentativa de homicídio triplamente qualificado. O promotor que apresentou a denúncia entendeu que ele cometeu os crimes por motivo fútil, com meio cruel, além de ter utilizado meio que resultou em perigo comum, pois havia várias pessoas no prédio.

Também considerou que o réu utilizou recurso que dificultou a defesa das vítimas, principalmente da mulher, que só não teria morrido por ter sido levada ao hospital, onde permaneceu vários dias internada e submetida a diversas cirurgias.


INVOLUNTÁRIO

Já a defesa alega que o atropelamento foi involuntário, pois o empresário não teria tido a intenção de ferir ou matar as vítimas. O empresário foi preso meses depois, no Estado de Goiás, e aguarda julgamento preso.

Ele teve atendido o pedido para trocar de roupa para participação na sessão plenária. O defensor deverá apresentar as roupas que serão utilizadas por ele, antes do início dos trabalhos, marcado para as 9h.

Como o julgamento foi desaforado para Araçatuba, o Ministério Público será representado pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho. (*) Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba



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