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Empresas anunciaram R$ 217 milhões em investimentos na região, aponta Seade

Economia

Dados se referem aos 4 trimestres; distribuição está entre os setores de comércio, serviços e infraestrutura

Penápolis e Barbosa receberam investimentos com a instalação de duas usinas de energia solar

Penápolis e Barbosa receberam investimentos com a instalação de duas usinas de energia solar. Foto: Divulgação

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A região administrativa de Araçatuba, incluindo Penápolis, teve R$ 217 milhões em investimentos anunciados por empresas privadas nos últimos quatro trimestres, segundo dados da Piesp (Pesquisa de Investimentos Anunciados do Estado de São Paulo), divulgados pela Fundação Seade.

De acordo com o levantamento, os investimentos estão divididos entre os setores de comércio, infraestrutura e serviços. Penápolis e Barbosa integram o rol dos municípios da região a receberem investimentos com a instalação de duas unidades da usina francesa de energia solar Greenyellow.

O investimento é de R$ 40 milhões. Em Penápolis, o empreendimento fica nas margens da rodovia Marechal Rondon (SP-300), próximo ao entroncamento com a rodovia de acesso Arnaldo Covolan. A energia produzida pelas usinas se converterá em créditos para uma empresa de telefonia. O anúncio da construção das unidades foi feito pela Investe SP - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

Ela assessorou a empresa francesa, que atua no Brasil há seis anos, oferecendo assistência na área ambiental e infraestrutura, além de ter ajudado a encontrar os terrenos que receberão as usinas.

Em entrevista ao governo estadual, o presidente da Greenyellow no Brasil, Pierre-Yves Mourgue, informou que as duas novas unidades irão praticamente dobrar a capacidade de produção no País, posicionando a empresa como um dos grandes grupos do Brasil na produção de energia limpa e na gestão de projetos de eficiência energética. O ranking ainda traz investimentos feitos em Araçatuba, Andradina, Birigui e Coroados.


ANÁLISE

Para o economista e professor da FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba), Marco Aurélio Barbosa de Souza, os dados trazem boas perspectivas para a região em decorrência dos valores envolvidos, a diversificação dos setores que estão realizando investimentos e das cidades contempladas com os projetos, elementos que favorecem a retomada do ciclo de crescimento econômico regional.

“Dos componentes do chamado PIB (Produto Interno Bruto), os recursos se destacam pelos efeitos multiplicados que geram para o sistema econômico. A cada R$ 1 de investimento, a economia cria R$ 4 por meio de efeitos de encadeamentos positivos”, explicou.

Ele ainda analisou que, dessa forma, os R$ 217 milhões anunciados tem um potencial de se transformarem em mais de R$ 800 milhões, agregando renda, valor adicionado ao PIB regional e a geração de empregos.

“Há de se destacar ainda o rol diversificado dos investimentos na área da indústria, comércio, serviços, turismo, TI (Tecnologia da Informação) e infraestrutura. Isso é sempre positivo para criar uma economia mais equilibrada com vários setores produtivos atuando a favor da dinâmica econômica”, destacou.

Souza observou que a localização do investimento tem potencial para acelerar a conexão das duas maiores cidades da região - Araçatuba e Birigui -, transformando a rodovia Marechal Rondon (SP-300) em um eixo de dinamismo econômico com força para atrair novos investimentos, acionando um ciclo virtuoso de crescimento.


ESTADO

A Piesp revelou que os investimentos anunciados no 1º trimestre de 2020 somaram R$ 16,5 bilhões. Desses recursos, 86,4% estão relacionados à infraestrutura, 8,0% à indústria, 3,7% aos serviços, 1,0% à agricultura e 0,9% ao comércio. Na comparação com igual trimestre, os investimentos em infraestrutura (R$ 14,3 bilhões) representaram o melhor resultado do setor desde 2015 (R$ 29,8 bilhões).

Quase 85% dos investimentos apurados referem-se apenas ao anúncio da concessionária Eixo SP, vencedora da licitação do governo estadual para operar, por 30 anos, o Lote Pipa (Piracicaba-Panorama), que abrange 1.273 km de rodovias, atravessando 62 municípios paulistas, até a divisa com o Mato Grosso do Sul. As obras envolvem as regiões de Campinas, Bauru, Central, Marília e Presidente Prudente, mas ainda sem especificação de valor para cada uma delas.



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