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Eugênio Pedro Bibiano Timóteo dos Santos é nomeado delegado em Penápolis

Polícia

Ele será assistente do titular da delegacia e diretor da cadeia

Timóteo foi reconduzido ao cargo de delegado após “lutar” 26 anos na Justiça

Timóteo foi reconduzido ao cargo de delegado após “lutar” 26 anos na Justiça. Foto: Ivan Ambrósio

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Assumiu essa semana a direção da cadeia de Penápolis, o delegado Eugênio Pedro Bibiano Timóteo dos Santos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo e, desde ontem (11), já estava se inteirando dos trabalhos na unidade. Ele ainda atuará como delegado assistente do titular da delegacia do município, Jovair Marcos Gruppo.

Técnico em contabilidade, despachante policial e advogado, Timóteo foi reconduzido ao cargo de delegado após “lutar” 26 anos na Justiça. “Está sendo um grande aprendizado essa nova fase e, desde já, agradeço pela acolhida e orientações dos companheiros de trabalho, em especial do delegado seccional, Dr. Marcelo Curi”, disse.

Filho de Diógenes Bispo dos Santos, que foi escrivão por 40 anos e depois atuou como advogado, formou-se em técnico em contabilidade. Aos 18, instalou uma autoescola e, depois, tornou-se despachante policial, em concurso com mais de cinco mil candidatos. Para exercer, foi preciso ser emancipado pelo pai.

Em 1978, conquistou o bacharelado em Direito pela 8ª turma. Depois de tentativas, sempre com boas notas na prova escrita, mas, por problemas na prova oral, Timóteo não desistiu do seu objetivo, sendo aprovado no concurso para delegado e empossado em 1989.


EXONERAÇÃO

Ele atuou em delegacias na capital paulista, entre elas no Terminal Rodoviário do Tietê e de Guaraçaí, onde desenvolveu um trabalho na cadeia feminina. Na sequência, foi para Luiziânia, atuando no combate ao alcoolismo e, por fim, Araçatuba, sendo diretor da cadeia.

No entanto, em setembro de 1994, teve sua carreira interrompida, quando foi exonerado da função pelo governador da época, Luiz Antônio Fleury Filho, mesmo sendo absolvido em processo administrativo. Durante a campanha eleitoral da época, Timóteo assumiu apoio a Mário Covas que, na época, era candidato a governador do Estado de São Paulo.

Além disso, quando ainda estava na capital paulista, houve denúncia de prevaricação, que é o crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, baseado no artigo 319 do Código Penal, porém, a sindicância administrativa não constatou irregularidade, sendo absolvido no processo administrativo.

Mesmo assim, contrariando até mesmo posicionamento da cúpula da Polícia Civil, a exoneração foi mantida, ocasionando no interrompimento de sua carreira. Isso não abalou Timóteo que, a partir deste momento, foi à luta, em busca de Justiça. Foram 26 anos e inúmeras noites sem dormir, encontrando uma explicação para tudo que estava ocorrendo.

“Em nenhum momento desisti do meu objetivo. Coloquei na mente que conseguiria voltar a ocupação de delegado”, destacou. A persistência e a dedicação nos estudos resultaram na mudança da decisão de “falta de provas” por “negativa de autoria”. A absolvição, ocorrida na esfera administrativa, também aconteceu no judiciário.

Além de ser reintegrado ao posto, o delegado terá direito aos salários que deixou de receber ao longo dos 26 anos. Estima-se que são, no total, 390 rendimentos, pois tem as férias e licenças-prêmios, além das promoções ao longo da carreira.

“Estou feliz de estar perto da minha família e de contribuir com meu trabalho na cidade. O delegado tem uma função de suma importância na sociedade, sendo o primeiro garantidor dos direitos. Durante minha atuação, buscaremos parcerias com outros segmentos, com o objetivo de desenvolvermos trabalhos de prevenção”, finalizou.



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