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Ex-diretor da Funepe é preso em operação contra desvios de verbas na instituição

Polícia

Investigação apontou que os desvios foram feitos por meio de contratos com empresas prestadoras de serviços que realizavam superfaturamento

Foram apreendidos computadores, celulares e notebooks, além do bloqueio de bens de ex-diretores da Funepe

Foram apreendidos computadores, celulares e notebooks, além do bloqueio de bens de ex-diretores da Funepe. Foto: Reprodução

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Um ex-diretor que atuava na área financeira da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis), foi preso na manhã desta terça-feira (19), na operação da Polícia Civil, por meio da DIG/DEIC/DEINTER 10 - Araçatuba, em trabalho realizado em conjunto com o Ministério Público de Penápolis e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Araçatuba.

Também foram cumpridos 32 mandados de busca em Araçatuba e Penápolis (SP). Foram apreendidos computadores, celulares e notebooks, além do bloqueio de bens.

O suspeito preso temporariamente na ação foi encaminhado para Araçatuba e será ouvido. A prisão dele é temporária e terá o prazo de 5 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Conforme a polícia, a investigação vem sendo realizada há mais de um ano com vistas a apurar desvios de milhões em verbas públicas destinadas à Funepe, ocorridos durante os anos de 2019 a 2022, por membros da antiga Diretoria da Fundação Pública do Município de Penápolis.

A operação foi denominada “Reglus”, na qual foram cumpridos 32 Mandados de Busca e um Mandado de Prisão temporária. Participaram 123 Policiais civis; 02 Promotores de Justiça e 03 agentes da promotoria, sendo distribuídos em 38 viaturas policiais.

Segundo a Polícia Civil, a investigação apontou que os desvios foram feitos por meio de contratos com empresas prestadoras de serviços que realizavam superfaturamento.

Os suspeitos recebiam imóveis como pagamento e usavam veículos da faculdade. Também foi constatado que o aluguel da cantina não era destinado à faculdade e o repasse de feirinha era embolsado pelos investigados.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o esquema movimentou cerca de R$ 36 milhões.


ARAÇATUBA

Foi apurado que um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na casa de um advogado de Araçatuba, ex-presidente da Fundação, que mantém escritório em Penápolis.

Os policiais cumpriram mandado na casa dele, no bairro Vila Nova, e depois o levaram para o escritório em Penápolis.


NOTA

Após a operação a Funepe emitiu a seguinte nota: “A Fundação Educacional de Penápolis – FUNEPE presta ao público os seguintes esclarecimentos. Após regular processo eleitoral interno, na segunda quinzena do mês de abril deste ano de 2023, houve alteração na cúpula diretiva da fundação, sendo empossado Presidente, Alexandre Gil de Mello, e Vice-Presidente Cledivaldo Donzelli”.

Continuando, “já nos primeiros atos da nova gestão foram constatadas diversas irregularidades em contratos da fundação, especialmente relacionados com obras, prestação de serviços e fornecimento de bens. Também foram identificadas atípicas relações contratuais relacionadas com os serviços educacionais prestados pela Funepe”.

Por fim, concluiu que “em razão disso a nova gestão passou a atuar em conjunto com a Polícia Civil através da DIG – Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais, que recebera anteriormente ofício do Ministério Público com solicitação de apoio investigativo sobre denúncia realizada na Promotoria de Justiça de Penápolis”.



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