Falece, aos 99 anos, professora Emilia Aniceto Rossi

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A causa foi natural por conta da idade já avançada

Gilson Ramos 31/12/2019

Penápolis mais triste no último dia do ano. Faleceu a professora Emilia Aniceto Rossi, aos 99 anos. A morte ocorreu na noite desta segunda-feira (30), quando a estimada mestra passou mal em sua casa. Socorrida pelos familiares ao pronto socorro, faleceu antes de dar entrada na unidade. A causa foi natural por conta da idade já avançada.

A quase centenária, que completaria aniversário em abril, deixa muita saudade e um legado. Por mais de 40 anos lecionou para uma legião de alunos, formando profissionais de destaque nas mais variadas profissões em diversas localidades pelo país.

Tinha uma alegria contagiante. Sempre amável, era exigente quando era preciso, principalmente na educação de seus filhos e ex-alunos. Amava o que fazia. Formou-se educadora estando já casada e com filhos. Dividiu todas as funções de mãe, esposa, dona de casa, com a profissão que foi o seu sacerdócio. Exemplos de honestidade, lealdade, responsabilidade e trabalho que ficam para toda uma geração.

Uma das filhas mais ilustres de Penápolis, D. Emilia, como era carinhosamente chamada, era viúva de Antonio Rossi, com quem teve cinco filhos, dos quais quatro vivos e bastante queridos também dos penapolenses: Antonio José, Rosa Maria, Francisco Eduardo e Maria Rita (Baíta). O primeiro filho, Luiz Antonio, já faleceu.

Pertencia à geração dos mestres reverenciados até hoje, como Faiz Rahal,  Fausto Ribeiro de Barros, Jaime e Jairo Monteiro, Diva Monteiro entre outros, contemporâneos do antigo Instituto de Educação.

Fez o curso normal para lecionar para alunos do chamado primário, e depois um curso em Assis (SP) que lhe deu formação para ensinar Geografia para os alunos.

Na sua vitoriosa carreira no magistério lecionou no Instituto de Educação (Carlos Sampaio Filho), Educandário Coração de Maria, na escola da Fazenda Santa Leonor (hoje bairro Village) e Luiz Chrisóstomos de Oliveira. Aprovada em concurso, foi professora titular no Marcos Trench, Yone Dias de Aguiar, Funepe e em escolas de Glicério e Braúna. Foi por vários anos foi professora no antigo Colégio São Francisco (hoje Oceu), quando ainda funcionava ao lado do Santuário, a convite do seu fundador, professor João Sampaio.

Aposentada, mantinha vida social ativa, sempre convidada para estar em diversos eventos pelo carinho e admiração de todos. Chegou a sofrer há alguns anos um AVC, porém, se recuperou e viveu bem até os últimos instantes. Lucidez e força de vida foram marcas na sua longevidade.

Cuidada com muito amor e carinhos pelos filhos, genros, noras, netos e demais familiares, nunca lhe faltou atenção em retribuição a tudo o que esta mulher guerreira e de destaque fez por todos os seus descendentes.

Seu corpo é velado no Bom Pastor Memorial com sepultamento marcado para às 17h desta terça-feira no jazigo da família no Cemitério de Santa Cruz.