JOVEM PAN PENÁPOLIS

Falece Ditinho Alfaiate, aos 71 anos

Cidade

Várias foram as homenagens prestadas nas redes sociais por amigos e admiradores

Momento da homenagem a Ditinho Alfaiate na sessão de Cidadão Penapolense

Momento da homenagem a Ditinho Alfaiate na sessão de Cidadão Penapolense. Foto: Divulgação

JOVEM PAN PENÁPOLIS

Faleceu na segunda-feira (24), aos 71 anos, Benedito Fier Filho, popularmente conhecido por Ditinho Alfaiate, um dos mais tradicionais e antigos profissionais desse ofício ainda em atividade em Penápolis. Várias foram às homenagens prestadas nas redes sociais por amigos, admiradores e por um de seus filhos, o modelo e ator Rafael Fieri.

Ele vinha lutando havia algum tempo contra uma enfermidade. Morava à rua Dr. Ramalho Franco, na Vila Fátima, onde tinha a sua alfaiataria, que por décadas vestiu elegantemente a tantos clientes. Participante ativo da comunidade católica de Nossa Senhora de Fátima, era casado com Cleunice Benetti com quem teve dois filhos, Rogério e Rafael.

Seu sepultamento ocorreu na tarde de ontem, no cemitério da cidade. Foi agraciado com o título de Cidadão Penapolense na Legislatura 2012/2016. A honraria foi entregue pelo então presidente da Câmara, Caíque Rossi, hoje prefeito de Penápolis, autor do projeto de concessão do título ao homenageado.


REFERÊNCIAS

De acordo com histórico preparado pelo jornalista Ricardo Alves Carneiro, assessor de imprensa da Câmara, para apresentação na sessão solene, Ditinho era filho do descendente de italianos, Benedito Fier e da descendente de espanhóis, Francisca Garcia Fier, Benedito Fier Filho.

Nasceu em 11 de fevereiro de 1950, na pequena cidade de Taiaçu, região de Jaboticabal. Era o terceiro numa família de três irmãos: Mercedes, Nicássio e Benedito. Com aproximadamente um ano e meio de vida, veio para o bairro rural Serrinha, em Alto Alegre. Depois, se mudou para a cidade, onde cursou até a 4ª série e, ao retornar para o sítio, ainda criança, começou a trabalhar na lavoura de café.

De volta à zona urbana de Alto Alegre, aos 13 anos de vida, passou a trabalhar com o alfaiate Nicola Carmona. Em 1965, convidado a trabalhar pelo alfaiate Luiz Sato, adota Penápolis como sua cidade. Em 3 de julho de 1971, casa-se com Cleunice Benetti. O primeiro filho, Rogério, nasce em 12 de março de 1973 e o caçula, Rafael, em 24 de fevereiro de 1983. Dito era antigo colaborador da Igreja da Vila Fátima.

Por vários anos, participou do coral, trabalhou de forma voluntária nas quermesses e ajudava nas missas. Ao lado da esposa, Dito conseguiu encaminhar seus filhos com formação alicerçada no trabalho, respeito e honestidade. Rogério é professor de matemática, ocupando a função de diretor técnico 2 na Diretoria de Ensino de Botucatu e Rafael é modelo e ator no Rio de Janeiro. Dito conquistou aposentadoria em 2003, o que não mudou sua dedicação ao trabalho. Folga era algo raro no seu cotidiano. Acordava para trabalhar às 4h30.

Em aproximadamente 58 anos como alfaiate em Penápolis, Dito transformou-se numa referência de profissional, seja no atendimento a roupas de uso do dia a dia ou para momentos muito especiais, como casamentos, formaturas e aniversários. Ele teve presença através do seu trabalho na vida de muitos penapolenses.



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