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Futebol paulista não descarta ir à Justiça para garantir calendário

Esportes

Federação e clubes ainda tentam levar jogos para outros estados

Manutenção do calendário de jogos, de acordo com a nota, foi unânime

Manutenção do calendário de jogos, de acordo com a nota, foi unânime. Foto: RCORSI

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Em nota divulgada no fim da tarde desta terça-feira (16), a FPF (Federação Paulista de Futebol) e os clubes da Série A1 do Campeonato Paulista não descartam ir à Justiça para garantir a continuidade do torneio durante a Fase Emergencial do Plano São Paulo, que impede a realização de eventos esportivos no Estado por 15 dias, desde segunda-feira (15).

Segundo o comunicado, a decisão foi tomada “a partir da falta de argumentos científicos e médicos que sustentem a paralisação das referidas rodadas - quinta a sétima -, neste momento”. A manutenção do calendário de jogos “conforme previsto”, de acordo com a nota, foi “unânime”, com apoio dos sindicatos paulistas de Atletas, Árbitros e Treinadores.

O posicionamento afirma, porém, que ainda é trabalhada a possibilidade de os jogos serem realizados fora de São Paulo e que a FPF está em contato com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e outras entidades e autoridades locais. Ontem, o duelo entre São Bento e Palmeiras, que seria realizado hoje (17), às 19h, transferido de Sorocaba para o Independência, em Belo Horizonte, foi suspenso.

Mais cedo, o Governo de Minas Gerais proibiu a disputa de partidas de outros estados em território mineiro. Também conforme a nota, federação, clubes e sindicatos defendem novamente que o protocolo do futebol “é extremamente seguro” e que a proposta apresentada na segunda-feira (15) ao governo paulista e ao Ministério Público, de onde partiu a recomendação da paralisação dos eventos esportivos, “garante um controle ainda maior na organização” do torneio.

A proposta, que foi rejeitada, previa a realização de 56% menos partidas (com a suspensão temporária da Série A3, a terceira divisão, e parcial da A2, a segunda divisão) e 70% menos pessoas envolvidas, testes antes e depois dos jogos e “bolha de segurança” para atletas e comissões.

“Assim como os demais segmentos econômicos que permanecem em atividade com restrições, o futebol deve seguir as mesmas condições, com funcionamento sem público e com este protocolo inédito entre todos os setores da sociedade”, afirma a nota, assinada em conjunto pela FPF e dirigentes sindicais e dos clubes.

Ontem, São Paulo registrou 679 novos óbitos pela Covid-19, um recorde em 24 horas, chegando à marca de 90% de ocupação nos leitos de UTIs (Unidades de Terapias Intensivas). Em 69 cidades do Estado, a taxa é de 100% de utilização. Ao todo, quase 65 mil pessoas faleceram em território paulista em razão do vírus. (*) Por Lincoln Chaves - Repórter da TV Brasil e da Rádio Nacional - São Paulo



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