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Gilmar Mendes revoga prisão domiciliar concedida a Cleudson

Justiça

Polícia concluiu que laudo atestando problemas de saúde é falso

Cleudson deve voltar à prisão assim que a Justiça de Birigui for comunicada da decisão

Cleudson deve voltar à prisão assim que a Justiça de Birigui for comunicada da decisão. Foto: Divulgação

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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, revogou a prisão domiciliar que havia concedido ao médico anestesista Cleudson Garcia Montali, réu em processos relacionados à Operação Raio X.

Segundo apurado, o relatório médico apresentado pelo réu requerendo o benefício era falso. Na decisão de sexta-feira (30), o ministro determina que seja restaurada a vigência dos três mandados de prisão preventiva contra Cleudson e que ele seja submetido a novo exame de saúde quando der entrada na unidade prisional.

A reportagem apurou que a Justiça de Birigui, onde reside o médico e tramitam dois dos processos contra ele, ainda não havia sido notificada da decisão, por isso ele permanecia em casa. O terceiro processo tramita na Justiça de Penápolis.


FALSO

Segundo o que foi apurado, na última terça-feira (27) a Polícia Civil de Araçatuba comunicou à Justiça sobre a falsidade do relatório médico sobre o estado de saúde do anestesista, que é acusado de chefiar suposta organização criminosa especializada em desviar dinheiro público da área da Saúde.

Ele foi preso em 29 de setembro do ano passado na operação, em cumprimento a mandado de prisão temporária, que foi convertida em preventiva. Cleudson estava no CR (Centro de Ressocialização) de Araçatuba até o último dia 16, quando teve o direito à prisão domiciliar. O benefício foi concedido por Gilmar Mendes, em atendimento a Habeas Corpus apresentado pela defesa do réu, que alegou problemas de saúde.


INVESTIGAÇÃO

Em 7 de janeiro, o anestesista havia passado por atendimento médico em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) no bairro Monterrey, em Araçatuba. Na ocasião, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) informou que o anestesista realizou um procedimento de rotina, comparecendo em uma consulta médica previamente agendada.

Após a consulta, a Polícia Civil instaurou um inquérito e, no último dia 19, realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça nos endereços de dois médicos, de uma clínica e de um consultório em médico em Birigui, sendo apreendidos computadores, celulares e documentos.


ALTERADO

A reportagem apurou que ao analisar o material apreendido, a polícia constatou que houve alterações propositais no laudo referente ao exame de sangue, para indicar um início de anemia. Além disso, o médico que teria assinado o relatório apresentado à Justiça para concessão da prisão domiciliar para Cleudson procurou a polícia na semana passada e afirmou que a assinatura não é dele.

Diante disso, a polícia considera que o relatório médico teria sido produzido com a finalidade de enganar o Poder Judiciário, que ao ser comunicado tomou as providências para que a prisão domiciliar fosse revogada. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Cleudson. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba



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