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Governo de SP publica edital de leilão em julho para concessão de 22 aeroportos

Cidade

Ramalho Franco, de Penápolis, está no pacote; previsão é de R$ 6,5 milhões de investimentos

Unidade possui uma pista de 1,5 mil metros de comprimento e, em 2012, recebeu reformas no espaço

Unidade possui uma pista de 1,5 mil metros de comprimento e, em 2012, recebeu reformas no espaço. Foto: Arquivo/JI

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O Governo do Estado de São Paulo divulgou ontem (15), em decreto publicado no Diário Oficial, edital de concorrência internacional para concessão à iniciativa privada de 22 aeroportos regionais. O leilão está previsto para ser realizado na em 15 de julho na capital paulista. Dentre elas, está o Ramalho Franco, de Penápolis, cujo estudo feito na unidade prevê melhorias de R$ 6,5 milhões ao longo dos 30 anos de concessão.

Inaugurado em 22 de fevereiro de 1986, o aeroporto atende a um importante polo industrial. Sua demanda de voos vem de empresas de diversos ramos, como irrigação, turismo, açúcar, construção e manutenção de aeronaves. Ele possui uma pista de 1,5 mil metros de comprimento e, em 2012, o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) investiu R$ 1,15 milhão com recursos do governo do Estado em reformas no espaço.

Em julho de 2019, a unidade passou por vistoria feita por técnicos e executivos da IOS Partners, consultoria internacional contratada pelo governo estadual, para definir o modelo de desestatização. A equipe esteve analisando as áreas internas e externas do local e, com um carro, percorreram por toda a pista, fazendo imagens. O saguão também foi fotografado, bem como feita ainda inspeções nos sistemas, procedimentos e espaço aéreo.


PACOTE

Além dele, os espaços de São José do Rio Preto, Araçatuba, Votuporanga, Andradina, Presidente Prudente, Barretos, Assis, Dracena, Tupã e Presidente Epitácio, que fazem parte do lote conhecido como “Grupo Noroeste”, também estão na lista. No total, estão previstos R$ 181,2 milhões de investimentos ao longo do contrato de 30 anos de concessão, sendo os valores distribuídos para ampliação de capacidade, melhoria da operação e adequação à regulação.

Para os primeiros quatro anos de operação, a estimativa de investimentos é de R$ 62,3 milhões. A documentação completa da concessão está disponível no site da Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Outro bloco, o “Sudeste”, composto pelas unidades de Ribeirão Preto, Bauru-Arealva, Marília, Araraquara, São Carlos, Sorocaba, Franca, Guaratinguetá, Avaré-Arandu, Registro e São Manuel. Juntos, os dois grupos movimentam, atualmente, 2,4 milhões de passageiros por ano, considerando embarques e desembarques.

Estimativas técnicas apontam crescimento significativo, considerando a realização de investimentos nas 22 unidades – R$ 447 milhões - e o fomento à aviação regional, com mais de 8 milhões de passageiros anualmente, ao longo do contrato de concessão.

Para a formatação da modelagem do projeto, o governo estadual levou em consideração as 252 contribuições recebidas de autoridades públicas, empresas e investidores, representantes da sociedade civil e associações de classe durante o período de consulta pública, aberta entre 20 de abril a 26 de maio do ano passado.

O contrato prevê modelo de remuneração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como aluguéis de hangares ou atividades comerciais, no terminal, restaurantes e estacionamento, ou pela realização de investimentos para exploração de imobiliária, com grande potencial para o desenvolvimento de novas atividades e negócios em torno dos aeroportos.

O estudo do projeto considerou diferentes aspectos ambientais e há previsão de ações para regularização e licenciamento ambiental de todos os aeroportos de forma individualizada, buscando mitigar quaisquer riscos socioambientais. Há documentação específica detalhando todas as medidas a serem tomadas pela concessionária.


OFERTA

Serão vencedores de cada um dos lotes os concorrentes que apresentarem a maior oferta de outorga fixa. No grupo em que o aeroporto de Penápolis está, a oferta mínima é de R$ 6,8 milhões e, para o Sudeste, de R$ 13,2 milhões. O vencedor deve fazer investimentos obrigatórios nos aeroportos já na primeira fase da concessão, nos primeiros quatro anos.

Os demais na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do período contratual. Poderão participar da licitação empresas nacionais ou estrangeiras, consórcios, instituições financeiras e fundos de investimentos. Além de apresentar a maior proposta, o vencedor terá de comprovar qualificação técnica em gestão aeroportuária, seja da própria empresa, consórcio, pessoas de sua equipe ou mesmo por meio de subcontratação qualificada.



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