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Governo estadual prorroga quarentena até 10 de maio em todo o Estado

Cidade

Medida estende fechamento de comércio e serviços não essenciais para reforçar isolamento social

Decreto estadual estabelece que comércio continue fechado até 10 de maio

Decreto estadual estabelece que comércio continue fechado até 10 de maio. Foto: Gilson Ramos

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O governo estadual prorrogou a quarentena para até 10 de maio em virtude da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus. O anúncio foi feito na tarde de ontem (17), durante coletiva do governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes. Essa é a segunda vez que a medida foi tomada. A quarentena teve início em 24 de março nos 645 municípios paulistas.

O Estado registrou, até ontem, 853 mortes provocadas pela doença e 11.568 casos confirmados de contaminação. “A decisão está amparada pelo Grupo de Contingência, um comitê médico composto por 15 membros, que são especialistas e que orientam todas as decisões tomadas pelo governo estadual”, afirmou o tucano. A medida obriga o fechamento do comércio e mantém apenas os serviços essenciais, como nas áreas de Saúde e Segurança.

Poderão continuar funcionando na quarentena os hospitais, clínicas, farmácias e clínicas odontológicas; transporte público, táxis e aplicativos de transporte; transportadoras e armazéns; empresas de telemarketing; petshops; deliverys; supermercados, mercados, açougues e padarias; limpeza pública; bancas de jornais; bancos, lotéricas e correspondentes bancários; postos de combustíveis e fábricas. No caso das padarias, elas não poderão permitir o consumo no estabelecimento.

Devem ficar com as portas fechadas o comércio; bares; restaurantes; cafés; casas noturnas; shopping centers e galerias; academias e centros de ginástica; espaços para festas, casamentos, shows e eventos; escolas públicas ou privadas. Os bares, cafés e restaurantes podem manter o funcionamento em sistema de delivery ou drive thru.


EQUIVOCADA

A decisão de prorrogar a quarentena, na visão do presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Penápolis), Júlio Galinari, foi equivocada. “Comparar todas as cidades com a capital não é justo. Infelizmente, para o setor é calamitoso e catastrófico”, disse.

Ele acrescentou que, nos municípios em que não há casos ou que os números estão estáveis, poderia deixar que as prefeituras decidissem pela abertura, ou não, das lojas. “Essa medida tomada hoje (ontem) pelo governo estadual causará ainda mais demissões e o fechamento de alguns comércios”, analisou.

Galinari ressaltou que o sindicato, em parceria com a ACE (Associação Comercial e Empresarial) de Penápolis, acionarão, junto com o Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) a possibilidade, juridicamente, de cada cidade ter a autonomia para flexibilizar o decreto estadual.

Já o prefeito Célio de Oliveira (sem partido), que recentemente editou decreto municipal autorizando que alguns setores funcionassem, desde que respeitando às normas e orientações, garantiu que não revogará as medidas que tomou anteriormente.


CIÊNCIA

Doria ressaltou que segue a ciência e que alguns hospitais públicos já estão perto do limite. “Para reabrir o comércio e os serviços, precisamos ter o sistema de saúde também em condições de atendimento para salvar vidas. Aqui não tomamos medidas irresponsáveis, precipitadas ou baseadas no achismo ou ideologia”, afirmou.

O término da quarentena estava previsto para a próxima quarta-feira (22). Apesar da taxa de isolamento estar abaixo do índice desejado – 70% -, Doria disse que vai confiar na população e não anunciou nenhuma medida de endurecimento das regras da quarentena.

“Fechar estradas e rodovias não há nenhuma decisão nesse sentido. Nós respeitamos apenas as de prefeituras de cidades turísticas em relação de limitar acesso durante os feriados prolongados e finais de semana apenas aos residentes e proprietários de casas”, frisou.

A prorrogação ocorreu devido ao número crescente de casos de contaminação e de mortes registradas, além do baixo índice do isolamento social da população. Na quinta (16), o índice foi de 49%, de acordo com o sistema de monitoramento que utiliza sinais de celulares para saber se as pessoas estão em casa e localizar aglomerações.

A estimativa é que 1% da população do Estado de São Paulo seja contaminada, o que corresponde a 450 mil pessoas. “A grande maioria, acima de 50%, serão assintomáticos e nem procurarão o sistema de saúde. 20% terão doença e precisarão de atendimento em hospitais e, desses, 5% necessitarão de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Com esses números nós planejamos a necessidade de leitos”, afirmou o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência contra o Coronavírus no Estado de São Paulo.



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