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Governos de MS e SP se unirão para acelerar retomada da Malha Oeste

Cidade

Malha Oeste voltou a movimentar minério e vergalhões de ferro de Mairinque (SP) a Corumbá (MS)

Ideia é criar planos estaduais, traçar estratégias e reativar completamente a malha ferroviária

Ideia é criar planos estaduais, traçar estratégias e reativar completamente a malha ferroviária. Foto: Arquivo/JI

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Reportagem publicada pela Folha da Região nesta quarta-feira (16) informou que os governos de Mato Grosso do Sul e São Paulo se unirão para reativar a ferrovia Malha Oeste, que corta a maioria dos municípios da região, entre eles, Penápolis.

Funcionando de forma precária desde o início do mês, a via férrea está abandonada e, em alguns pontos, provocando problemas para as prefeituras, que têm sido obrigadas a destacar servidores para fazer manutenção até de capinagem.

A ideia é criar planos estaduais de ferrovias, traçar estratégias mais ágeis para operacionalizar e reativar completamente a malha ferroviária que tem mais de 1,9 mil quilômetros, saindo de Mairinque (SP), até Corumbá (MS). Representantes dos dois governos já iniciaram as tratativas para criação do plano de ação, que começou a ser desenhado em uma reunião realizada no último dia 9.

Na ocasião, se encontraram o coordenador do GT (Grupo de Trabalho) Ferrovias do Estado de São Paulo, Luiz Alberto Fioravante, e o secretário Jaime Verruck, da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), do Mato Grosso do Sul.

Eles participaram, juntamente com o assessor de logística da Semagro, Lúcio Lagemann e técnicos da GT Ferrovias de SP, de reunião virtual para apresentação do Plano Ferroviário do Estado de São Paulo, que está em andamento no Estado contemplará a Malha Oeste. O plano apontou que, somente em São Paulo, existem 2.390 quilômetros de ferrovias ativas e 2.530 com alta ociosidade.

O objetivo foi debater mecanismos para traçar estratégias conjuntas em prol da retomada da ferrovia, que representa hoje a melhor solução em logística para a redução no volume de cargas que abarrota as rodovias tanto de Mato Grosso do Sul quanto de São Paulo.


MALHA OESTE

Recentemente, a Malha Oeste voltou a movimentar minério, ainda de forma tímida, na região de Corumbá e também por parte da Arcelor Mital que trouxe vergalhões de ferro de Mairinque até Corumbá. No entanto o transporte efetivo de cargas foi paralisado em 2015.

O secretário destacou que o consórcio ‘Nos Trilhos de Novo’ deverá finalizar os estudos de viabilidade técnica e econômica para a relicitação da Malha até outubro. Composto por quatro empresas, o consórcio vencedor é liderado pela Latina Projetos Civis e Associados. O trecho teve a qualificação recomendada no PPI (Programa de Parceria de Investimentos), do Governo Federal, em dezembro de 2020.

A Malha Oeste – inicialmente NOB (Noroeste do Brasil) e, depois, assumida pela falida RFFSA (Rede Ferroviária Federal) – já passou por diferentes empresas depois de um processo de privatização que não resultou na sua plena recuperação. Até julho de 2020, a malha era gerida pela Rumo, mas agora será relicitada até o próximo ano.



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