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Greve dos Correios não afeta distribuição em Penápolis

Cidade

Paralisação da categoria foi convocada por 36 sindicatos da categoria

Na manhã de ontem, funcionários dos Correios aguardavam instruções sobre a paralisação; antes do almoço a maioria já estava trabalhando

Na manhã de ontem, funcionários dos Correios aguardavam instruções sobre a paralisação; antes do almoço a maioria já estava trabalhando. Foto: Carlos Netto

JOVEM PAN PENÁPOLIS

A greve dos trabalhadores dos Correios, decretada na terça-feira (10), e que teve adesão em sindicatos de 20 estados e no Distrito Federal até à tarde de ontem não atingiu Penápolis.

Ontem pela manhã, os funcionários ecetistas se reuniram na porta da empresa, na rua Irmãos Chrisóstomo de Oliveira, 793 e, enquanto aguardavam a chegada do caminhão (veículo que transporta as encomendas vindas da central em Bauru) esperavam por informações sobre a paralisação dos colegas na região.

A reportagem tentou, por várias vezes, entrar em contato com uma liderança da categoria (sindical) em Presidente Prudente, mas não obteve sucesso, inclusive durante toda o dia acompanhou a movimentação no local.

Após o almoço a reportagem constatou que todos os veículos (três motos, três furgões e nove bicicletas) já não estavam paradas no barracão, como foi verificado pela manhã.

À tarde, no atendimento ao público, uma funcionária consultada disse que aas entregas (das encomendas) estavam normais, caracterizando que a greve não vingou, pelo menos na quarta-feira, em Penápolis.

A greve foi convocada por 36 sindicatos da categoria, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).

Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, confirmou que a categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro, e melhores condições de trabalho e outros benefícios.

Também reivindicam a reposição da inflação, a volta dos pais e mães dos funcionários para o plano de saúde, e reclamam do reajuste salarial de 0,8%.

A nível nacional, os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. Em nota, em sua página na internet, a federação informou que a greve foi decretada em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país.


PREJUÍZOS

A direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.

Também diz que a paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta terça-feira (10) não afeta os serviços de atendimento da estatal.

A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.



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