Greve dos Correios não atinge Penápolis
Cidade
Quem procurou a agência local recebeu atendimento normal
Da Redação 19/08/2020Embora a assembleia dos trabalhadores do Sindicato dos Empregados da ECT de Bauru e região (Sindecteb) tenha deliberado a deflagração de greve a partir de ontem (18), em todas as unidades dos Correios que fazem parte da base do Sindicato, Penápolis não foi atingida.
A reportagem esteve na agência central, na avenida Expedicionário Diogo Garcia Martins e constatou atendimento normal das 9h às 12h e das 13h30 às 16h30. Quem procurou a agência recebeu atendimento normal, inclusive um dos clientes em contato com INTERIOR nem sabia que estava sendo deflagrada uma greve da categoria.
Também no posto de distribuição, na rua Irmãos Chrisóstomo de Oliveira, esquina com a avenida Santa Casa, o atendimento foi normal das 14h às 16h. No meio da tarde, nesse local, ocorreu uma aglomeração de funcionários onde se discutia sobre o movimento.
Depois, constatou que os veículos, motos e bicicletas estavam na rua, com seus respectivos condutores, fazendo a distribuição das encomendas e correspondências.
Em relação à greve, a decisão foi tomada durante a assembleia virtual da categoria, que adotou um sistema capaz de computar os votos mediante cadastro, que é validado com informações que comprovam a identidade de todos os votantes.
Segundo o sindicato, 97,8% dos empregados votantes (343) deliberaram pela reprovação da proposta da ECT e pela deflagração da greve.
NOTA
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, os Correios informou que a paralisação parcial dos empregados não afeta os serviços de atendimento da estatal. “Levantamento parcial mostra que 83% do efetivo total está trabalhando regularmente”, destacou.
O órgão relatou que já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. “Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas”, ressaltou.
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial, que é cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
Conforme amplamente divulgado, a diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. “As reivindicações custariam aos cofres quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida”, informou.
Os Correios ainda disseram que os trabalhadores continuam tendo acesso ao benefício do auxílio-creche, para dependentes com até cinco anos de idade.
“Os tíquetes refeição e alimentação também continuam sendo pagos, conforme previsto na legislação que rege o tema, sendo as quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada empregado: 22 para quem trabalha de segunda à sexta-feira e 26 aos empregados que trabalham inclusive aos sábados ou domingos”, explicou.
PANDEMIA
A nota ainda informa que, dentre as medidas adotadas para proteger o efetivo durante a pandemia, a empresa redirecionou empregados classificados como grupo de risco para o trabalho remoto – bem como aqueles que coabitam com pessoas nessas condições –, sem qualquer perda salarial. Para mais informações, os clientes podem entrar em contato pelo telefone 0800 725 0100.
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