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História de Dona Thereza e da escola de samba ‘Lá Vem Mangueira’ é retratada em livro

Cidade

Neta mostra o trabalho da avó Thereza nos carnavais de Penápolis durante duas décadas

Capa do Livro, de autoria de Márcia Rolli e editado por Scortecci Editora

Capa do Livro, de autoria de Márcia Rolli e editado por Scortecci Editora. Foto: Divulgação

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Neste sábado (4), no Espaço Maciel, entre amigos e familiares, a professora Márcia Rolli, neta de Thereza Ferreira Pereira, a Dona Thereza da escola de samba “Lá Vem Mangueira”, tornou oficialmente público um anseio de sua mãe Myrthes, que era mostrar aos penapolenses a história da mulher que amava o samba e o carnaval, e buscava de todas as formas preservar em Penápolis o carnaval de rua.

“Pérola Negra, Dona Thereza e sua Escola De Samba” é o título da publicação, que conta a história de uma mulher chamada Thereza que, juntamente com sua família, cria uma escola de samba em Penápolis e, durante as décadas de 60, 70, 80 e início dos anos 90, enriquecem e abrilhantam o carnaval penapolense.


HOMENAGEADA

Thereza Ferreira Pereira nasceu em Três Corações (MG) em 1908, migrando para o Estado de São Paulo ainda jovem, para trabalhar como doméstica e, em Araçatuba, conheceu seu futuro esposo Altivo, funcionário da Estrada de Ferro NOB, união esta que resultou em uma grande família.

Conforme explicou Márcia Rolli, por muitos anos a família morou em Avanhandava, onde passou a desenvolver o gosto pelo samba. “Na década de 1960, muda-se para Penápolis e minha avó (Dona Thereza) cria a escola de samba “Lá Vem Mangueira”, em homenagem à Estação Primeira de Mangueira, do Rio de Janeiro”, relatou a autora, bastante emocionada.

Durante as duas décadas seguintes, fez parte indispensável do Carnaval Penapolense, sendo a dela a primeira escola de samba da cidade a contar em seu enredo (1981) com um tema regional e de natureza ecológica.

“Foi o samba-enredo “Rainha das Águas”, composto pelo neto Celinho e o fotógrafo Orlando Gomes, onde homenagearam o Salto do Avanhandava, que foi inundado e submerso no ano seguinte”, observou.

Márcia sempre participou ativamente dos festejos carnavalescos, juntamente com sua família, seja como passista ou coreógrafa de comissão de frente, seja confeccionando fantasias e colaborando na composição dos sambas-enredo.

A partir de um pedido de sua mãe, reuniu todas as informações possíveis sobre a Lá Vem Mangueira neste breve memorial.

Durante muitos anos, Dona Thereza, que faleceu em 1989, foi considerada a “Mãe do Samba” de Penápolis e para quem acompanhou os memoráveis desfiles, com destaque para a “Unidos da Usina Campestre”.

Várias escolas de samba disputavam o primeiro lugar do Carnaval e a Lá Vem Mangueira era uma delas, ao lado da Pena Verde, Caia na Gandaia, entre outras.


AUTORA

Márcia Rolli, embora tenha nascido em Bilac, teve sua certidão de nascimento realizada em Penápolis, tornando-a, segundo ela, penapolense e, nessa cidade, passou a infância e adolescência, tendo criado raízes.

Com passagens pelas Emei Vila Aparecida e nas escolas estaduais Luiz Chrisóstomo de Oliveira, Dr. Carlos Sampaio Filho e Adelino Peters, cursou Filosofia, Ciências e Letras em Lins (SP), com licenciatura e bacharelado em Geografia.

Atualmente, é professora da rede pública estadual de ensino desde 1989, onde leciona as disciplinas de História e Geografia. A autora disse que seria uma grande responsabilidade colocar parte dessa história em livro, mas sendo quem é, acreditou que não teria dificuldades, pois é filha de Olívio, integrante da diretoria.

Sua mãe é Myrthes, porta-bandeira, irmã de Celinho, o mestre de bateria e, portanto, neta de Dona Thereza, fundadora da escola de samba.



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