Idosa alvo de ação do MP é acompanhada desde 2016, garante secretário
Região
Prefeitura de Avanhandava monitora mullher e já realizou melhorias na casa onde mora
Ivan Ambrósio 19/03/2020A idosa residente em Avanhandava e alvo de uma ação do Ministério Público é acompanhada pela Prefeitura desde março de 2016. A informação foi repassada pelo secretário de Assistência Social, Pedro Sanchez. Ele disse que, periodicamente, equipes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) vão até o imóvel e acompanham o caso.
“Foi solicitado encaminhamento para o Serviço de Saúde Mental de Penápolis e, em maio do mesmo ano, a psicóloga da pasta encaminhou fotos da situação ao MP”, disse. O secretário acrescentou que, em junho, por determinação judicial, a secretaria de Obras realizou a construção de um banheiro e cozinha no imóvel.
“Estamos tomando todas as medidas necessárias quanto ao caso. Constantemente, equipes da Assistência Social e da secretaria de Saúde visitam a idosa”, destacou.
Ele reforçou ainda que, dentre as outras medidas adotadas, foi estabelecido destinar para a mulher uma cesta básica mensal e leite, bem como cadastrá-la no programa BPC. “Acompanhamos ela numa consulta psiquiátrica no Caps (Centro de Atenção Psocossocial), no entanto, ocorreram tentativas de que ela visse a ingerir a medicação no Cras, porém, ela não aceitou, bem como se recusou em participar das oficinas”, lembrou.
Mesmo diante disso, a secretaria, em momento algum, deixou de monitorar a idosa. “Conseguimos localizar familiares dela, inclusive, uma sobrinha que reside próximo e, mesmo assim, ela recusou, novamente, receber alguma ajuda. Independente disso, continuaremos acompanhando e dando assistência”, finalizou.
CASO
A Justiça de Penápolis determinou, com urgência, a realização de estudo social no lar da idosa, após denúncia do MP. O juiz Heber Gualberto Mendonça ordenou ainda que a secretaria municipal de Saúde enviasse informações quanto à consulta psiquiátrica realizada na mulher em 12 de agosto de 2019 junto ao Serviço de Saúde Mental de Penápolis.
Conforme o MP, que requer do Judiciário a adoção de medida protetiva à idosa em situação em risco, uma psicóloga do Serviço de Obras Sociais apurou, em visita técnica à residência, que a mulher dorme no sofá da própria residência pelo fato de o quarto estar repleto de objetos sem utilidades, impossibilitando até mesmo a entrada no cômodo.
A solução para o caso, no entanto, esbarra na resistência da própria idosa, que afirma não querer mudar do imóvel. O local também não possui geladeira e nem fogão, razão pela qual ela não cozinha e nem armazena alimentos.
Durante a visita da psicóloga, a mulher disse que se alimenta na casa de uma amiga. Com a ação, o Ministério Público quer que o juiz determine a Avanhandava o papel de providenciar o imediato abrigo da idosa em uma entidade de acolhimento.
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