JOVEM PAN PENÁPOLIS

Investigação sobre morte de menina de 1 ano é mantida em sigilo

Polícia

Caso agora é tratado como homicídio e um eventual crime sexual

Dezenas de manifestantes fizeram um protesto, na tarde de terça (15), na frente do 1º DP (Distrito Policial) e da DDM

Dezenas de manifestantes fizeram um protesto, na tarde de terça (15), na frente do 1º DP (Distrito Policial) e da DDM. Foto: Ivan Ambrósio

FERREIRA ENGENHARIA Horizontal meio da notícia

A investigação que a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) realiza sobre a morte de uma menina de um ano e três meses, ocorrida na última segunda-feira (14), em Penápolis, será mantida sob sigilo, segundo o que foi apurado pelo INTERIOR. A criança chegou a ser levada ao pronto-socorro, onde a médica que a atendeu teria constatado algumas lesões pelo corpo e sinais de um possível abuso sexual.

Os trabalhos continuam, estando a frente a titular da unidade, Thaísa da Silva Borges. Nenhum detalhe da investigação será divulgado, pelo menos até a conclusão do inquérito. O caso é tratado como homicídio e um eventual crime sexual. A polícia aguarda os resultados dos laudos do IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba e da perícia.

Um documento, que apontaria que a vítima estaria realizando um tratamento contra anemia em um hospital de Promissão, teria sido apresentado pela mãe às autoridades. A mulher, o padrasto e o pai biológico deverão ser ouvidos nos próximos dias, além da equipe de investigadores buscarem mais informações para a sequência dos trabalhos.


CASO

O fato ocorreu por volta das 11h30, quando a mãe da criança, ao tentar acordá-la, percebeu que não esboçava qualquer reação. Ela acionou o Resgate do Corpo de Bombeiros, que levou a bebê ao pronto-socorro, constatando o óbito. A Polícia Militar foi acionada, por volta das 13h30, comparecendo à unidade.

A médica informou que a menina apresentava rigidez cadavérica e lesões por todo o corpo, sendo algumas mais recentes e outras antigas, bem como ferimentos no ânus, o que aparentava violência sexual. Ela ainda relatou que a criança estava morta havia, pelo menos, seis horas quando foi levada até a unidade.

Os PMs entraram em contato com o Conselho Tutelar, sendo passado que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A equipe falou com a mãe e o padrasto. Eles alegaram que, por volta das 22h de domingo (13), colocaram a menina para dormir, após darem mamadeira. Em torno das 11h30 de segunda, foram acordar a menina, observando que estava sem vida, acionando os bombeiros.


MANIFESTO

Dezenas de manifestantes fizeram um protesto, na tarde de terça (15), na frente do 1º DP (Distrito Policial) e da DDM, pedindo justiça e uma elucidação rápida do caso. Com bexigas brancas, simbolizando a paz, eles exigiram ainda a prisão da mãe da menina e do padrasto, que já foram ouvidos e alegaram que a vítima passava por um tratamento médico.

O ato ainda contou com a recitação de poemas e gritos com o nome da criança. Após a concentração na frente das unidades, que durou aproximadamente uma hora, os manifestantes seguiram em passeata, pelas ruas e avenidas da cidade, até a sede do MP (Ministério Público), na Dr. Ramalho Franco.

Alguns integrantes foram recebidos para uma conversa, acompanhados da imprensa, pelo Fernando César Burghetti. O objetivo foi de esclarecer alguns pontos referentes ao caso. Ele informou que o órgão já tem conhecimento dos trabalhos investigativos e que todos os promotores estão se inteirando das informações e colaborando de alguma forma para que haja uma elucidação rápida.

Burghetti ainda explicou que novos elementos podem surgir durante as investigações e depoimentos a serem colhidos, o que poderia embasar num pedido de prisão. No mesmo dia, membros do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Penápolis se reuniram para se inteirar do caso e, com as informações colhidas, o levantamento e o recebimento dos relatórios dos atendimentos feitos pelo Conselho Tutelar, formará uma comissão para analisar os documentos e, após isso, emitirá um parecer a ser enviado ao MP.



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