Investigado por homicídios em Penápolis é preso em São José do Rio Preto
Polícia
Crimes ocorreram em agosto do ano passado no município
Ivan Ambrósio 28/06/2023Um homem de 32 anos e que estava foragido da Justiça foi preso na noite de terça-feira (27), em São José do Rio Preto (a 113 km). Ele, segundo apurado, é investigado em dois homicídios ocorridos em agosto do ano passado em Penápolis.
A namorada dele, de 43, também estava foragida por outro crime. Policiais militares patrulhavam pela Vila Toninho, quando viram ela na frente de uma residência. O rapaz, que estava no quintal, ao notar a aproximação da equipe, tentou fugir com uma mochila nas costas.
Ele pulou o muro de outros imóveis, até quebrar o telhado de um deles e cair no chão, sendo abordado. Questionado, disse que estava fugindo, pois dentro da bolsa havia uma arma. Os militares encontraram a mochila e, em seu interior, foi apreendido um revólver de calibre 38.
Ele estava com a numeração apagada e com 15 munições. Um RG com a foto rasgada e em nome de outra pessoa foi achado dentro do acessório. O investigado revelou seu verdadeiro nome e confessou que era procurado pela Justiça.
Na casa, a PM localizou uma motocicleta que, segundo sua versão, teria sido dada em pagamento por um assassinato. Ele foi preso preventivamente e a namorada dele também ficou detida, após o cumprimento do mandado.
CASOS
Pelo menos em dois homicídios o rapaz teria tido participação, de acordo com as investigações da Polícia Civil. O primeiro teria ocorrido em 23 de agosto de 2022, quando Juliano Pompílio Alves Fernandes, de 34 anos, foi morto a tiros.
O crime ocorreu no Jardim Pevi. Por volta das 2h, a Polícia Militar foi acionada a comparecer em um depósito de bebidas na rua Joaquim Soares de Oliveira, onde uma pessoa havia sido baleada. Chegando ao local, os PMs foram informados que a vítima tinha sido levada ao pronto-socorro.
Eles ainda souberam que o rapaz estava pelo estabelecimento, quando um suspeito chegou e comprou uma bebida. Na sequência, teria questionado Fernandes o motivo pelo qual estava olhando para ele, quando a vítima respondeu que não o conhecia.
O autor deixou o depósito e retornou armado, disparando três vezes contra o jovem. Dois tiros acertaram a cabeça e um no tórax. O segundo caso foi no dia 27 do mesmo mês. Gilberto da Silva Galego, de 40 anos, morreu após ser baleado pouco antes das 14h no Residencial Rosa Alberton. Segundo o que foi apurado, há cinco meses ele teria sido vítima de disparo de arma de fogo.
AVANHANDAVA
A Polícia Civil não descarta ainda a participação dele em mais dois homicídios, um deles em 14 de maio deste ano em Avanhandava, tendo como vítima Tadeu Augusto de Oliveira, de 48 anos, assassinado a tiros no sítio onde morava com a esposa e a filha no bairro Borá.
A irmã dele, também de 48, seria a mandante e está presa preventivamente. Pouco depois das 21h30, ela chegou de carro. Ao ouvir o barulho, a vítima se apoderou de um revólver calibre 38 e foi até à porta da sala, perguntando quem era.
Quando a investigada se identificou, ele colocou a arma sobre o rack da sala e foi até o carro. A mulher estaria acompanhada de um rapaz desconhecido e disse que o veículo, uma Ford Ecosport 2020, estava com problemas mecânicos, pedindo água.
Oliveira retornou para a casa e, quando voltava de posse de uma jarra, o suspeito que estava no banco do passageiro passou a atirar contra ele, que foi atingido, caindo ao chão. Pouco tempo depois, a acusada acionou a Polícia Militar em Avanhandava, informando que havia sido sequestrada por duas pessoas quando estava em Promissão.
Ela ainda contou que entrou no carro com os criminosos, sendo ordenada a levá-los até a casa do irmão. No local, deveria relatar que o veículo estava com problema e pedir água.
Questionada sobre as características dos criminosos, a mulher não soube descrever. Foi descoberto que ela tinha um desentendimento com a família, pois exigia a parte da herança do sítio, apesar de ter os pais ainda vivos, passando a ameaçá-los.
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