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Investigado por matar casal no Rio de Janeiro é encontrado morto na cadeia de Penápolis

Polícia

Ele, que foi preso na sexta (14), aguardava autorização da Justiça para ser transferido para o RJ

Detento foi encontrado sem vida pouco depois das 3h no banheiro de uma das celas da cadeia local

Detento foi encontrado sem vida pouco depois das 3h no banheiro de uma das celas da cadeia local. Foto: Arquivo/JI

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O rapaz de 34 anos, preso pela Polícia Civil de Araçatuba na última sexta-feira (14), investigado por participação em um crime de latrocínio – roubo com consequência morte - no Estado do Rio de Janeiro, foi encontrado morto na madrugada desta segunda (17), na cadeia de Penápolis.

A suspeita é que ele tenha tirado a própria vida. De acordo com o que foi informado pelo delegado e diretor do sistema carcerário local, Eugênio Pedro Bibiano Timóteo dos Santos, o detento estava em uma cela com outras quatro pessoas.


BANHEIRO

Pouco depois das 3h, ele entrou no banheiro e, como estava demorando em sair, os demais que estavam na cela foram verificar o que tinha ocorrido, quando o encontraram com uma tira de tecido amarrada ao pescoço e presa à janela.

O local foi preservado para realização de perícia pelo IC (Instituto de Criminalística), antes de ser recolhido e encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Araçatuba para exame necroscópico.

Santos ainda explicou que os detentos demoraram em verificar o que estaria acontecendo, em virtude do código de ética deles, onde ninguém se aproxima do espaço quando está sendo utilizado por outro companheiro de cela.


CRIME

A Justiça havia expedido o mandado de prisão temporária dele, sendo cumprido por equipe da DIG/Deic (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais), chefiada pelo delegado José Abonízio.

Ele era acusado de participação no assassinato do empresário Edson Shoit Hara Junior, de 47 anos, e da esposa dele, Clara Aline Chaves Cardoso, de 38, mortos a tiros em um sítio no município de Itaguaí (RJ), em 24 de fevereiro deste ano.

Segundo o que foi divulgado na época, o casal havia acabado de chegar na propriedade, quando foi surpreendido por homens armados. O empresário, que tinha sido secretário de Saúde no município em 2016, era instrutor e praticante de tiro esportivo e colecionador de armas.

O inquérito para investigar o crime foi instaurado pela DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense). No início de março, a polícia conseguiu prender um homem, acusado de participação no crime e, com ele, apreendeu uma espingarda calibre 12 e munições de diversos calibres.

Durante as investigações, foi constatado que a arma pertencia ao empresário. A polícia do Rio de Janeiro ainda identificou o homem preso em Araçatuba, como sendo um dos participantes do crime.

Assim que a DIG/Deic foi comunicada, deu início à investigação, conseguindo descobrir que ele estava escondido na cidade. O mandado foi cumprido em um imóvel no bairro Paraíso, onde o investigado já havia residido muitos anos atrás.

Foi apurado que, após o crime, ele fugiu do RJ e veio morar com a mãe dele, que veio do Estado de Goiás. Os dois estavam em uma casa com poucos móveis. O rapaz não resistiu à prisão.

Nada de interesse policial foi apreendido no imóvel. Após ser capturado, ele foi apresentado no plantão policial de Araçatuba e encaminhado para a cadeia local, onde aguardava para ser transferido para o Rio de Janeiro.



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