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Júri condena empresário a 14 anos de prisão

Justiça

Julgamento durou mais de 10 horas; defesa vai recorrer

Antônio Berti Júnior foi condenado a 14 anos de prisão

Antônio Berti Júnior foi condenado a 14 anos de prisão. Foto: Arquivo/Reprodução

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Depois de mais de dez horas de julgamento, o Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou nesta quarta-feira (18), o empresário Antônio Berti Júnior, 43 anos, a 14 anos de prisão pelo assassinato de Alessandro Oliveira Aoki, 34, ocorrido em abril de 2019.

Os jurados acataram parcialmente a denúncia do Ministério Público, condenando o réu por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o autor descarregou uma pistola durante o assassinato.

Entretanto, eles afastaram a qualificadora do motivo fútil. Para a Promotoria de Justiça, o crime foi praticado porque o empresário não gostou de ser chamado a atenção por estar sendo desagradável ao flertar com duas mulheres que estavam sentadas à mesa com eles.

Apesar de não ter sido condenado de acordo com a denúncia, o promotor de Justiça Adelmo Pinho já adiantou que não pretende recorrer da sentença, que foi proferida pelo juiz Henrique Castilho, que presidiu o júri.

O julgamento começou às 13h e foi realizado de forma mista, no Fórum de Justiça de Araçatuba. O réu, que está preso, participou de forma remota, por videoconferência. A sentença só foi proferida por volta das 23h30, após longo debate entre os representantes do Ministério Público e da defesa.


CRIME

O homicídio aconteceu em 18 de abril de 2019, em um posto de combustíveis na rotatória da rua Baguaçu com a avenida Joaquim Pompeu de Toledo. A vítima estava com um grupo de amigos sentada a uma das mesas da loja de conveniência no local durante a madrugada, quando o empresário chegou e também sentou-se.

Todos ingeriam bebidas e, de acordo com a denúncia, Berti Júnior teria passado a flertar com duas mulheres que faziam parte do grupo. A atitude dele teria sido considerada inconveniente, por isso Aoki pediu que deixasse o local.

O pedido foi atendido, mas passados cerca de 20 minutos o réu retornou armado com uma pistola calibre 380, com a qual atirou várias vezes contra a vítima, enquanto ela ainda estava sentada à mesa. Ele foi preso em flagrante momentos após deixar o local com uma caminhonete.


RECURSO

O empresário teve a defesa feita pelos advogados Álvaro Fernandes e Ermenegildo Nava, que durante o processo pediram o afastamento das qualificadoras do motivo fútil e do recurso que dificultou a defesa da vítima.

Já durante o julgamento os advogados alegaram que o réu agiu em legítima defesa e sob violenta emoção, o que poderia reduzir a pena. Entretanto, os jurados rejeitaram essas teses, mas afastaram a qualificadora do motivo fútil.

A defesa vai recorrer, mas o juiz não concedeu ao réu o direito de aguardar o julgamento do recurso em liberdade.  (*) Por Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba



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