Justiça de Penápolis promove nova audiência de instrução com réus envolvidos na Raio X
Justiça
Processo foi desmembrado em 3 para dar agilidade; 2º grupo é o alvo
Ivan Ambrósio 15/06/2021A Justiça de Penápolis retomou ontem (14), as audiências de instrução e julgamento de parte dos réus no processo relacionado a Operação Raio X, desencadeada em setembro do ano passado, pela Polícia Civil e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, para investigar suposto esquema criminoso de desvio de dinheiro público, por meio de OSSs (Organizações Sociais de Saúde). Segundo apurado pela reportagem, os trabalhos devem durar até amanhã (16).
Como houve o desmembramento do processo em três partes, na oportunidade, serão ouvidas, virtualmente, 15 pessoas, sendo: André de Freitas; André Rebequi Bispo; Antônio Carlos de Oliveira; Camila Aparecida Freitas G. Escanhuela dos Santos; Chislani Cristina Batista da Cunha; médico Cleuer Jacob Moretto; Eunice Masson; Luciana Araújo Lima; Orlando Valentim Botasso Júnior; Osvaldo Ramiro Alexandre; Sérgio Kiyoshi Takahashi Harada; vereador José Antônio Ferres Chacon, o Cabeça (MDB); Robélio Meneghetti Junior; Genilson José Duarte Amorin e Moisés Constantino Ferreira Neto.
Durante a audiência, serão ouvidas as testemunhas de acusado e de defesa para, somente depois, os denunciados serem interrogados. Em abril, a Justiça já havia ouvido alguns dos envolvidos nas investigações, entre elas, o médico anestesista Cleudson Garcia Montali, apontado como líder do suposto esquema de desvio de dinheiro público aconteceu no final de abril.
TERCEIRO
Um terceiro ainda será ouvido e é composto pelo médico Abel José Costa; Daniela Araújo Garcia (esposa de Cleudson); Daniela Bottizini; Gilberto Ademir Granja; Guilherme Aparecido de Jesus Paracatu; Ivone Valle Coca Moralis; Liege Tada Batagim dos Santos; Luciano Abreu Oliveira; Maurício Carlo Zanlorensi; Osvaldo Coca Moralis; Vagner Luís Miasso; Wilson Carlos Braz (ex-secretário de Saúde de Penápolis); Sônia Erci Munhoz Braz e Vilma Aparecida Ferreira. Ainda não há uma data para a audiência dos envolvidos.
Além do processo tramitando na Justiça local, há outro semelhante em Birigui. Segundo o MP, o grupo é acusado de se utilizar de organizações sociais sem fins lucrativos para firmar contratos superfaturados de gestão na área de saúde em vários municípios e estados, entre 2018 e 2020, recebendo em torno de R$ 2 bilhões em repasses de verbas públicas. Desse total, cerca de R$ 500 milhões teriam sido desviados pela organização criminosa segundo as investigações policiais que culminaram na operação.
A investigação tem inquéritos policiais instaurados em Penápolis e Birigui e iniciou-se há dois anos, indicando a existência de um sofisticado esquema de corrupção envolvendo agentes públicos, empresários e profissionais liberais. No transcorrer dos trabalhos, foram identificadas dezenas de envolvidos com o grupo criminoso divididos em diversos núcleos, cada um com sua colaboração na prática das infrações penais. Houve a aquisição de grande quantidade de bens móveis e imóveis, sendo que parte da evolução patrimonial do grupo se deu justamente no período da pandemia do coronavírus.
Comentários
Atenção: Os comentários feitos pelos leitores não representam a opinião do jornal ou do autor do artigo.