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Justiça decide por internação provisória de menina suspeita de planejar massacre em escola

Justiça

Deverá ficar custodiada por 45 dias, quando deve ser realizada nova audiência para avaliação do caso

Armas, munições e demais materiais apreendidos com a adolescente investigada

Armas, munições e demais materiais apreendidos com a adolescente investigada. Foto: Divulgação

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A Vara da Infância e da Juventude decidiu pela internação provisória da adolescente de 13 anos, moradora em Auriflama (SP), que foi apreendida na última terça-feira (2), pela Polícia Civil de Araçatuba, suspeita de planejar massacre em escola.

Segundo a polícia, ela confessou ter criado um perfil no Instagram para disseminar ameaças de massacre e os policiais apreenderam um revólver que ela exibia como sendo dela para outros adolescentes.

A adolescente passou a ser investigada após o Ministério da Justiça receber informação vinda dos Estados Unidos, de que ela costumava ostentar fotos com armas nas redes sociais e trocar mensagens com outros adolescentes sobre eventuais atentados.

O caso foi encaminhado à DCCIBER (Divisão de Crimes Cibernéticos) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil de São Paulo, que apurou que o usuário desse perfil no Instagram seria de Auriflama.

Em 28 de abril, o Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) foi oficiado e, através de trabalho de inteligência, identificou a adolescente.


ARMAS

De posse de um mandado de busca e apreensão, os policiais foram acompanhados de conselheiros tutelares até à escola onde a adolescente estuda e em seguida a levaram para a casa dela.

Durante as buscas no imóvel foi encontrada uma espingarda carabina 22 e um revólver calibre 32, que estavam no quarto dos pais da menina. Também foram recolhidas duas folhas de caderno com conteúdo possivelmente nazista e uma máscara da divisão Atomwaffen (grupo neonazista criado nos EUA), que estavam no quarto dela.


SEGUIDORA

Os policiais recolheram o celular da menina e encontraram nele diversos vídeos e imagens de conteúdo nazista e de referência a autores de massacres. A polícia suspeita que ela estaria se preparando para cometer ataque semelhante ao ocorrido em uma escola em Suzano, em março de 2019.

Segundo o que foi informado, a adolescente se declarou fã de um dos autores daquele massacre, confirmou ser autora do perfil e das mensagens ameaçadoras e afirmou ter vontade de praticar um massacre, apesar de não ter coragem.


INVESTIGAÇÃO

A menina foi apreendida por ato infracional análogo aos crimes de posse irregular de arma de fogo, pois ostentava nas redes sociais ser possuidora do revólver apreendido; por atos preparatórios para terrorismo; e crime de discriminação ou preconceito racial.

O pai dela alegou desconhecer as postagens relativas a massacres, assumiu a propriedade das armas e pagou fiança para responder em liberdade por posse irregular de arma de fogo.

Ainda de acordo com a polícia, a mãe da adolescente disse que sabia das postagens, mas não sabia como proceder diante disso. O caso segue em investigação. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba



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