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Justiça determina internação de menina investigada por ataque a escola em Auriflama

Justiça

Pais dela devem receber acompanhamento psicológico

Armas e materiais relacionados ao nazismo foram apreendidos com a adolescente

Armas e materiais relacionados ao nazismo foram apreendidos com a adolescente. Foto: Polícia Civil/Divulgação

JOVEM PAN PENÁPOLIS

A Justiça de Auriflama (SP) aplicou medida socioeducativa de internação à adolescente de 13 anos que foi apreendida pela Polícia Civil de Araçatuba no início de maio, investigada por planejar um ataque à escola onde estuda. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a medida será reavaliada a cada três meses.

A adolescente, que foi investigada por ato infracional análogo ao crime de ato preparatório de terrorismo, também deverá passar por tratamento psicológico, assim como os pais dela, que serão encaminhados a serviços e programas de proteção, apoio e promoção da família e a cursos ou programas de orientação. O caso corre em segredo de Justiça.

Conforme publicado pelo Hojemais Araçatuba, a adolescente passou a ser investigada após informação enviada dos Estados Unidos para Ministério da Justiça, de que a estudante ostentava fotos com armas nas redes sociais e trocava mensagens com outros adolescentes sobre eventuais atentados.

A informação foi repassada à DCCIBER (Divisão de Crimes Cibernéticos) do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) da Polícia Civil de São Paulo, que comunicou ao Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Araçatuba que o perfil do Instagram com alusão a suposto massacre a alunos seria de Auriflama.

A adolescente de 13 anos foi identificada como sendo a responsável pelo perfil e encontrada por equipes do Secold, GOE (Grupo de Operações Especiais) e Policiais Civis da Delegacia de Auriflama na escola onde estudava.


ARMAS

A polícia encontrou no quarto dela um revólver e uma espingarda com munições, uma máscara preta com estampa de caveira e um caderno com ilustrações e desenhos relativos aos fatos. O celular da investigada foi apreendido e nele havia mensagens de textos e imagens de conteúdo nazista.

Segundo a polícia, o pai da adolescente assumiu a propriedade das armas, que foram apreendidas por não ter registro. Preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, ele pagou fiança no valor de dois salários mínimos e responderá pelo crime em liberdade.

Ainda de acordo com a polícia, ele disse não saber das postagens da filha, enquanto a mãe da estudante revelou que tinha conhecimento das publicações, mas não sabia como proceder diante da situação.


CONSCIENTE

Ao decidir pela internação da adolescente, o juiz Tobias Guimarães Ferreira considerou que ela “efetivamente planejava um ataque a sua escola, movida por razões de discriminação, para tanto tendo se apoderado de arma de fogo pertencente a seu pai e planejado adquirir arma de fogo de terceiro”.

Ele destacou que as ações foram guiadas por ideário nazista a que foi exposta a adolescente, configurando suficiente razão discriminatória e o intento terrorista, e que a adolescente chegou, inclusive, a tomar providências para concretizar o plano.

Para o julgador, a adolescente, apesar da idade, “já tem consciência de que os ideais propagados, de supremacia racial e de intolerância, não aderem à ética da modernidade pós-guerra”. Por fim, citou que a medida de internação é a mais eficaz diante da séria ameaça aos alunos da escola e do efeito “perigoso e contagioso” do ideário a que ela aderiu. (*) Com informações do Hojemais Araçatuba



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