Justiça libera R$ 2,2 milhões para pagar credores da massa falida do Consórcio Andorfato
Justiça
Foram beneficiados 38 credores trabalhistas e consorciados que esperavam havia 25 anos pelo pagamento
Da Redação 11/07/2023Vinte e cinto anos após decretar a falência do consórcio Andorfato Assessoria Financeira Ltda por insolvência, ou seja, não ter como pagar o que deve, a Justiça de Araçatuba (SP) autorizou a liberação de recursos para o primeiro pagamento aos credores da massa falida.
O processo tramita na 1ª Vara Cível do Foro da Comarca de Araçatuba e o pagamento foi autorizado pelo juiz Adeilson Ferreira Negri. De acordo com ele, foram disponibilizados R$ 2.203.527,12 para o pagamento a 38 credores incluídos na primeira e segunda lista.
Ainda de acordo com o que foi informado, os pagamentos autorizados beneficiaram credores trabalhistas, mas na grande maioria consorciados. Os valores têm como origem as vendas já concretizadas de imóveis, cujos valores vinham sendo depositados em contas judiciais dos autos falimentares.
FALÊNCIA
O consórcio pertencia ao ex-prefeito Domingos Martin Andorfato e ao irmão dele, João Martins Andorfato, e teve a falência decretada pela Justiça em novembro de 1998. Na ocasião, a dívida estimada era de R$ 43,2 milhões, segundo publicado na imprensa.
O juiz responsável pelo processo explica que a demora é consequência da complexidade do processo, que sofreu muitos recursos. “Enfim conseguimos começar a pagar os credores trabalhistas e consorciados e vamos continuar pagando mediante os leilões dos imóveis arrecadados e outros bens”, informa.
Ainda de acordo com Negri, a falência se mostra superavitária, ou seja, os bens arrecadados superam os valores das dívidas, que devem ser quitadas o mais rápido possível, segundo o magistrado. “Nós continuaremos realizando os leilões e as arrecadações, sempre com vistas a pagar os credores e encerrar essa falência”, afirma.
IMÓVEIS
Segundo o que foi apurado pela reportagem, ao todo foram arrecadados 243 imóveis no processo para levantar recursos para pagamento dos credores. Entre eles, há propriedades rurais e imóveis de grande valor comercial, além de cotas do Araçatuba Shopping, que também foram arrecadadas pela Justiça.
Entre os imóveis ainda a serem vendidos está um terreno na rua Duque de Caxias, próximo ao cruzamento com a Pompeu de Toledo, onde há duas torres para edifícios residenciais inacabadas.
Esse imóvel foi avaliado em R$ 6.456.175,58 e colocado a leilão em abril deste ano, mas não houve interessados, nem mesmo no segundo pregão, no qual o valor mínimo para a venda foi reduzido à metade, ou seja, pouco mais de R$ 3,2 milhões.
Em breve a Justiça deve marcar um novo leilão para tentar vender o terreno. (*) Lázaro Jr. - Hojemais Araçatuba
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